Insegurança piora a crise
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Opinião

Insegurança piora a crise

Por Gilson Aguiar em 04/01/2021 - 07:47

Os grandes momentos de uma gestão estão ligados diretamente à capacidade de definirmos prioridades. Qual será a prioridade neste momento? Esta é uma questão que vai definir parte considerável do ambiente de início de ano. 

O governo federal, assim como o estado e municipal precisam demonstrar interesse em uma segurança para o primeiro semestre de 2021. Ou seja, um programa de vacinação com cronograma estabelecido e o início o mais rápido possível da imunização dos brasileiro. 

No ambiente econômico as reformas pretendidas pelo governo devem ser aceleradas. Quais seriam as mais adequadas? O que garantiria ao mercado mais segurança, Aqui a tributária e o processo de privatização poderiam contar e muito. O problema é que estamos falando do Brasil. 

Nossa tradição de definição de prioridades são burocráticas e se arrastam para valorizar e garantir interesses de representantes públicos. Não se tem uma ação de atendimento à sociedade de forma rápida. Não por acaso temos uma máquina pública inchada e pouco eficiente. 

A lição que isto dá…

A morosidade em agir acaba por retardar a resposta a um ambiente de crise. O governo está retardando ao máximo as definições e pagará um preço por isso. O desgaste do ambiente econômico que aos poucos iniciou um processo de recuperação da crise instalada com a pandemia pode ser perdido.

Considerar que o problema não existe também não é a solução. O enfrentamento com objetividade, racionalidade e visão sistêmica é o mais adequado. Um líder de fato não dá exemplos ruins ou insiste em dizer que está tudo bem ou mal. Ele é transparente e dá o exemplo do comportamento ideal. 

Uma estratégia de governabilidade, de gestão, dá passos orientados. Sabe na medida do máximo possível as consequências dos atos e o que se desdobra a cada ação. Isto se chama planejamento. Ele tem que existir. Não parece o que estamos assistindo agora. 

Infelizmente, na política pública, o principal objetivo de quem governa é manter-se no poder ou ascender a funções mais elevadas. Logo, para isso, qualquer ação vale e se justifica, desde que alcance o resultado esperado. Em grande parte, quem paga o preço dos atos na busca da permanência é a sociedade que o elegeu. 

 

 

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