A Justiça Eleitoral condenou o candidato a prefeito, Márcio Pacheco (PP), e o candidato a vice-prefeito, Fernando Mantovani (MDB), por espalharem propaganda negativa contra o atual vice-prefeito de Cascavel e candidato a prefeito, Renato Silva (PL), e o candidato a vice-prefeito, Henrique Mecabô.

A coligação “Cascavel Unida e pra Frente” demonstrou que Pacheco e Mantovani veicularam, de forma patrocinada, vídeos com conteúdo negativo nas redes sociais, com ataques contra Renato e Mecabô.

“No caso dos autos, a propaganda veiculada pelos representados extrapolou os limites da crítica política aceitável, imputando à campanha de Renato Silva a prática de atos ilícitos, qualificando-a como "criminosa" e "mentirosa. Tais acusações não configuram mera retórica eleitoral, mas sim um ataque pessoal e direto, cujo propósito é claramente depreciar o adversário e influenciar negativamente a percepção do eleitorado", destacou a juíza Claudia Spinassi, em sua decisão.

A magistrada destacou ainda que Pacheco e Mantovani, por meio da ação de ataque a Renato e Mecabô, com patrocínio, violaram “as regras claras estabelecidas pela legislação eleitoral, que visam garantir a igualdade de oportunidades no pleito e proteger o processo democrático de práticas abusivas”.

A juíza julgou procedente a ação, determinando a remoção definitiva da publicação impugnada das redes sociais, condenando Pacheco e Mantovani ao pagamento de R$ 5 mil por veiculação de propaganda eleitoral negativa e difamatória.

A Polícia Federal deve iniciar ainda nesta terça-feira (24) seu trabalho de investigação para identificar quem está por trás da distribuição, durante a madrugada, de uma espécie de jornal impresso contendo material jornalístico descontextualizado com ataques à chapa situacionista na disputa pelo comando da Prefeitura de Cascavel.

De acordo com o advogado Armando Souza, que no horário almoço acompanhou o candidato a prefeito Renato Silva e o candidato a vice Henrique Mecabô na Delegacia da PF, dois motoqueiros, "ambos já devidamente identificados", foram flagrados fazendo a distribuição do material que, segundo ele, contém "matérias distorcidas" com vistas a desgastar a campanha da chapa nesta reta final.

"Pedi que a polícia, por gentileza, investigue essa atitude que não agrada ninguém", disse Renato. Já Mecabô fez questão de afirmar que a queixa-crime não atribui o fato a um adversário em específico, e que a atitude foi tomada para que a campanha seja mantida exclusivamente no campo das propostas nesta reta final.