A greve dos servidores do INSS completou uma semana nesta terça-feira (23). A mobilização que iniciou no dia 16 de julho segue até tempo indeterminado e impacta o atendimento presencial, pedidos de aposentadorias, pensões e Benefício de Prestação Continuada de recursos e revisões. A perícia médica não foi impactada.

O INSS tem 19 mil servidores ativos no quadro. A maioria, 15 mil, formada por técnicos responsáveis pela maioria dos serviços da instituição, além de 4 mil analistas. 

Os servidores lutam pelo reajuste salarial de 33% até 2026, melhores condições de trabalho e valorização dos técnicos do seguro social, com exigência de curso superior para ingresso na carreira. 

Segundo o Portal da Transparência Previdenciária, em junho 80% dos pedidos eram analisados em até 90 dias. No mês passado, a fila do Instituto tinha um milhão e 300 mil solicitações.

Conforme o Dr. Washington Barbosa, advogado especialista em Direito Previdenciário, diante deste cenário, a fila de espera para análise de aposentadorias deve aumentar.  

Até o momento, ocorreram quatro reuniões entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, representantes sindicais, mas nada foi resolvido. 

O governo afirma ter apresentado proposta com ganho acumulado de 28,7% em quatro anos, no entanto, a Federação que representa os trabalhadores considera a proposta insuficiente.

Segundo o instituto, mais de 100 serviços podem ser agendados por meio do site Meu INSS; ou pela central de atendimento telefônico 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

Quem necessita de atendimento pericial para a obtenção do auxílio-doença pode utilizar o Atesmed, serviço de avaliação remota de documentos que torna a análise mais rápida e menos burocrática, dispensando a realização de perícia presencial.