Sete deputados, prefeitos, vereadores e presidentes de entidades do setor produtivo participam de um evento inédito nesta sexta-feira (16) em Cascavel. É 1º Fórum Econômico e Político do Oeste do Paraná. Evento criado com a finalidade de debater os principais gargalos que inibem o verdadeiro potencial de crescimento da região.
Entre os temas, destaque para uma melhor conexão entre autoridades políticas da região e o setor produtivo, segurança jurídica e investimentos em infraestrutra e logística.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel, ACIC, Ciro Canabarro também falou da importância do Fórum.
O Deputado Gugu Bueno (PSD) ,falou da importância da aproximação dos representantes do Estado com representantes da Região Oeste.
Entre os assuntos Marco Legal e a Ferroeste, tema que o deputado federal Nelsinho Padovani (União Brasil) abordou junto com o presidente da sociedade rural Paulo Orso.
Luiz Henrique Gonçalves, coordenador do Plano Ferroviário Estadual, apresentou um balanço da Ferroeste e do projeto da Nova Ferroeste
Também o setor produtivo participante do fórum busca debater com a Itaipu Binacional sobre os investimentos na região oeste.
Conversamos com o deputado Marcel Micheletto (PL) da Frente Parlamentar para acompanhar a renegociação do Tratado de Itaipu.O grupo de trabalho vai monitorar as tratativas e negociações da Hidrelétrica Itaipu Binacional relativas às bases financeiras de um trecho do Tratado após a quitação do financiamento contraído para construção da usina. Sócios no empreendimento, é tarefa de Brasil e Paraguai renegociar os termos do documento, firmado há 50 anos. O financiamento, pago este ano pela hidrelétrica, foi adquirido na década de 1970.
Estima-se que o pagamento da dívida vai acrescentar em torno de US$ 2 bilhões à receita da hidrelétrica. Além disso, outro ponto de discussão do Tratado diz respeito à cessão da energia não utilizada. Dessa forma, a Frente Parlamentar constituída pela Assembleia vai acompanhar a renegociação do acordo, debater políticas públicas voltadas ao estado, acompanhar o impacto financeiro nos 15 municípios lindeiros e os reflexos das tarifas para a população paranaense.
Será encaminhado um documento para os deputados Estaduais e Federais, também para o Governo do Estado com as sugestões dos temas debatidos no Fórum.
Sobre essa aproximação, o deputado Hussein Backri (PSD), líder do governo na Assembleia lembrou do fortalecimento entre a gestão e a população.
1º FÓRUM DO OESTE INTEGRA ATORES NO ENFRENTAMENTO DE GARGALOS REGIONAIS
Sinergia, união e conexão foram as palavras mais repetidas durante a primeira edição do Fórum Econômico e Político do Oeste do Paraná realizado nesta sexta-feira, 16, no Auditório Cascavel, na Acic. “Felizmente, fomos ouvidos e principalmente compreendidos, porque a finalidade desse trabalho é aproximar os mais diferentes atores da região para, juntos, refletir sobre os principais gargalos inibidores do desenvolvimento do Oeste, eleger e empregar os métodos certos para superá-los”, acentuou o presidente da Caciopar, Lucas Eduardo Ghellere.
Cerca de 250 pessoas de toda a região participaram do evento. “São presidentes e diretores de entidades do setor produtivo, empresários e líderes interessados em contribuir para a construção de uma região ainda mais forte e de oportunidades”, explica Ghellere. Nove deputados participaram dos debates – os federais Sergio Souza, Nelsinho Padovani e Elton Welter, e os estaduais Hussein Bacri, Marcel Micheletto, Márcio Pacheco, Gugu Bueno, Oziel Luiz/Batatinha e Luiz Corti. Prefeitos, vereadores e secretários de municípios do Oeste também estiveram presentes.
O primeiro painel foi sobre Infraestrutura, que tratou sobre ferrovia, rodovias e energias renováveis. Um dos maiores desafios da região é melhorar e tornar mais baixo o custo de transporte de riquezas ao Porto de Paranaguá. Um contêiner demora de cinco a sete dias para chegar ao litoral e, mesmo assim, o número de vagões é bastante limitado. Isso explica porque grande parte da produção segue por caminhões, o que dobra o preço em relação ao que se pagaria por ferrovia, disse o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Fagundes.
São necessários cerca de R$ 1,5 bilhão para vencer o gargalo que torna a viagem de trem do Oeste a Paranaguá lenta e cara. Por isso, há anos o Estado trabalha na Nova Ferroeste com traçado de 1.304 quilômetros, ligando Paraná e Mato Grosso do Sul. “A expectativa é que no início de 2024 as licenças ambientais estejam liberadas, permitindo colocar em prática novas etapas do projeto”, segundo Fagundes. O presidente da Ferroeste, André Gonçalves, falou de um plano de ação que melhorou os resultados da empresa e reduziu os custos em 42% de 2019 para cá.
O vice-presidente do POD (co-realizador do Fórum), Alci Rotta Júnior, moderador do painel, falou sobre a nova concessão de rodovias. “Esse é um tema importantíssimo, porque conviveremos com o pedágio por 30 anos”. O consenso na região é de tarifa conectada com a real capacidade de pagamento da região e melhorias com obras. Novo terminal de cargas, atração de novos voos e homologação da nova pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu são alguns dos temas prioritários da região de fronteira, enumerou o presidente da Acifi, Danilo Vendrusculo. O subtema Energia foi apresentado por Rafael Gonzalez, do Cibiogás.
Agronegócio
O segundo painel foi sobre Agronegócio, com destaque ao direito à propriedade e à taxação do agro. “O agro é a mola de desenvolvimento do Oeste e do Brasil. O artigo 5º da Constituição garante um direito fundamental, o da propriedade. Não somos contra a reforma agrária nem contra o índio, pelo contrário. Somos contra invasão e violência”, destacou o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, lembrando que se o marco temporal na questão das demarcações de áreas indígenas cair, então a terra do Brasil estará nas mãos de ogns internacionais.
O advogado Juliano Murbach falou sobre taxação no agro, acentuando que sem ele o País teria dificuldades de fechar suas contas no azul. Devido principalmente à questão climática, o agro precisa ser tratado de forma diferente porque, do contrário e com tributos desproporcionais, isso poderá significar desemprego e aumento de informalidade. Tiago Risso, diretor de Negócios da Cresol, informou sobre Seguro e crédito rural, e o presidente da Funtec, Renato Tracht, sobre Conectividade Rural. “Sem investimentos nessa área, o agro não alcançará as produtividades que já pode atingir”, afirmou.
Itaipu
O terceiro painel focou A atuação regional da Itaipu. O presidente do PTI, Irineu Colombo, disse que o novo governo seguirá, à frente da usina, os eixos da sustentabilidade, social e infraestrutura. O Parque Tecnológico Itaipu, seguiu ele, vai ampliar, por meio de três fundos, repasses a startups e a empresas de perfil inovador. “Seremos generosos em projetos à geração de empregos e criação de empresas”, disse Irineu. Evandro Grade, presidente do Conselho dos Municípios Lindeiros, lembrou que há boa sintonia com o novo comando da Itaipu, gerando expectativas de bons frutos à região. O presidente da Amop, Beto Lunitti, apontou que a união é o melhor caminho para a construção de uma região próspera.
Encaminhamentos
Os deputados também se manifestaram e foram unânimes em parabenizar a ideia do evento e se colocaram à disposição para pensar estratégias à superação das dificuldades apontadas. “Há vontade de tornar esse fórum em permanente. Vamos elaborar síntese do que foi apresentado aqui e enviá-la a todos os parlamentares e ao governo estadual”, disse Lucas Ghellere, que sugeriu também incluir um tópico no documento priorizando a área da segurança pública.
Assessoria