João Victor da Silva, de 25 anos, morador de Toledo, cidade do Oeste do Paraná, tornou-se conhecido após compartilhar uma história impressionante nas redes sociais. Após um grave acidente, o jovem precisou armazenar parte de seu crânio no abdômen por três meses.
Em março deste ano, enquanto fazia entregas com um monociclo, João perdeu o controle e colidiu com uma sinalização,conhecida como "tartaruga". O impacto causou múltiplas fraturas, traumatismo craniano e inchaço cerebral.
Após nove dias em coma em um hospital de Toledo, João foi transferido para o quarto. Um mês depois do acidente,recebeu alta, mas com uma parte do crânio armazenada em seu abdômen.
O jovem não se recorda do acidente e acordou já hospitalizado. Devido à gravidade dos ferimentos, foi necessário realizar um procedimento para retirar a "calota craniana". Essa parte do osso foi cortada e realocada em seu abdômen para preservar sua integridade.
Para recolocar a calota craniana, o paciente precisava estar completamente recuperado e com o cérebro desinchado. Após três meses, João passou pela cirurgia de recolocação.
Ao longo de todo o processo, o jovem compartilhou sua jornada nas redes sociais, inspirando muitas pessoas que passam por momentos difíceis.
Segundo a neurocirurgiã Kelly Cristina, que atendeu João, o procedimento foi fundamental para reduzir a pressão intracraniana e evitar danos cerebrais graves. Caso a parte do osso não fosse removida, o paciente corria risco de morte.
A falta de bancos de ossos em muitos hospitais leva à realocação do osso no abdômen, um local seguro para preservação e reabsorção óssea. Na recolocação, pequenos parafusos são utilizados para fixar o osso ao crânio.
A cirurgia foi um sucesso e João se recupera bem. Apesar disso, ele ainda não está apto para andar de monociclo.