Nem lá e nem cá!

Na vida é difícil separar as coisas. Os problemas de casa ficam da porta para fora do trabalho, e o inverso é verdadeiro, não se leva problemas do trabalho para casa. Será?

Quantas vezes isso já foi dito e o quanto é improvável que ocorra. Se acontece é porque usamos do trabalho para fugir dos dilemas particulares e da vida privada para esquecer que trabalhamos.

A postura saudável de um ser humano é não ter fronteiras e sim equilíbrio. Saber viver os dois mundos como parte integrante da vida e lidar de forma coerente com os sabores e dissabores que os dois ambientes podem trazer.

Por exemplo, uma vida financeira ruim é certeza de uma indisposição no trabalho. Como ficar com a cabeça focada no que você deve fazer no ambiente profissional se os “boletos ficam vencendo na sua cabeça”?

Felicidade é momento e não condição

Não podemos considerar que vamos estar felizes o tempo todo e satisfeitos 100%. O que podemos é compreender que o sentimento imediato de descontentamento pode ser passageiro. Porém, caso permaneça, deve ser entendido onde está sua fonte.

A instabilidade momentânea é um risco se nos entregamos para ela. O sentimento é uma permanência e a emoção uma contingência. Não se deixe levar pelo passageiro e busque se importar com o que é permanente.

Nas empresas, a cultura deve esta focada nas permanências, no que é duradouro, no que determina a identidade dos seres humanos e lhes dá um norte diante dos dilemas momentâneos.

Por isso, mesmo diante de problemas que passamos na vida privada e quando eles se expressam na vida profissional, as empresas devem ser ponto de segurança e sustentação, não um fator de aumento do desequilíbrio emocional diante da incerteza.

Práticas estáveis e relações fundadas em valores elevados, de respeito ao outro e de resolutividade colaboram para que possamos enfrentar os dilemas do dia a dia.