Agosto costuma ser um mês seco, com tempo propício para incêndios em vegetação, mas as estatísticas deste ano assustam e Cascavel vive um caos em queimadas. Já foram 123 incêndios em agosto, até a manhã desta segunda-feira, de acordo com relatório do Corpo de Bombeiros. Seis vezes mais do que no mesmo período de agosto do ano passado, quando 20 ocorrências deste tipo foram registradas.

Do dia 1º de janeiro deste ano até a manhã desta segunda-feira, dia 26 de agosto, foram 356 incêndios em vegetação. Mais que o dobro do mesmo período de 2018, com 174 casos atendidos pelo Corpo de Bombeiros. A maioria dos incêndios é provocada pelas pessoas. Com a mata seca e ventos que na região de Cascavel estão na média de 50 quilômetros por hora, o fogo se espalha rapidamente e consome grandes áreas.

E não há previsão de chuva para os últimos dias deste mês. De acordo com Instituto Meteorológico Simepar, a última chuva expressiva em Cascavel ocorreu no dia 30 de julho, com volume de 9 milímetros. Choveu duas vezes durante o mês, mas as duas ocorrências não somaram dois milímetros de água. Agosto de 2019 já é considerado o mais seco dos últimos anos. A próxima chuva deve ocorrer apenas no dia 1º de setembro.

Além da vegetação, a lavoura é prejudicada neste período. Segundo o técnico do Deral de Cascavel, José Pértile, além do trigo, que foi comprometido pela geada e pela seca, o plantio das próximas safras deve ficar comprometido.