64ª fase da Operação Lava Jato investiga banco BTG Pactual e Petrobrás
Foto: Reprodução/Agência Brasil

Lava Jato

64ª fase da Operação Lava Jato investiga banco BTG Pactual e Petrobrás

Por Redação via Assessoria em 23/08/2019 - 15:01

Entre os alvos de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, estão o empresário André Esteves, o Banco BTG Pactual e a ex-presidente da Petrobrás Graça Foster. Ela ocupou o cargo por três anos, entre 2012 e fevereiro de 2015.

Ao todo foram 12 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

O objetivo desta fase da Lava Jato foi identificar os beneficiários da Chamada Planilha Especial Italiano, administrada pelo setor de propinas da Odebrecht. Italiano é o apelido do ex-ministro Antonio Palocci.

Nesta fase são investigados vários fatos relacionados à inquéritos diferentes, que surgiram a partir do acordo de colaboração premiada feito pelo ex-ministro.

Segundo a PF, o Banco BTG firmou um contrato irregular com a Petrobrás para exploração do Pré-Sal no continente africano. O prejuízo passaria de U$ 1,6 Bilhões, cerca de R$ 6 bilhões por meio de fraudes na venda de ativos.

Pelo que foi apurado, André Esteves, no fim da campanha eleitoral de 2010, acertou com o próprio Palocci o repasse de R$ 15 milhões para garantir privilégios ao BTG no projeto de sondas do pré-sal, da Petrobras.

Além disso, a PF investiga o modus operandi de entregas de valores ilícitos a autoridades. Não houve mandados de prisão expedidos pela justiça nesta fase da Lava Jato, PF entendeu que isso não seria necessário.

Pentiti

O coordenador desta fase da Lava Jato, delegado Filipe Pace, disse que as investigações duram mais de um ano, feitas com base em provas colhidas em outras fases da operação.

Graça Foster, segundo a PF, sabia do esquema de corrupção na estatal mas preferiu o silêncio, e ainda tentou abafar os crimes.

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Os integrantes da Força Tarefa comentaram ainda sobre a delação de Palocci, que foi muito questionada por suposta falta de consistência. Quem falou sobre o assunto foi o superintendente Regional da PF no PR, Luciano Flores de Lima.

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Em nota o Banco BTG Pactual informa que está à disposição das autoridades para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível, como sempre.

O texto reforça que o Banco opera normalmente, e que realizou uma ampla auditoria interna feita por uma consultoria independente, quando a instituição foi envolvida na Lava Jato. Diz a nota que não foram encontradas irregularidades.

Até o fechamento desta reportagem os advogados de defesa dos outros investigados não tinham sido localizados.

Repórter Fábio Buchmann -CBN Curitiba

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