Por Lucina Peña
Apesar de todos os esforços, está muito difícil controlar as chamas que atingem a vegetação do Parque Nacional de Ilha Grande, na região noroeste do Paraná. As equipes de combate ganharam reforço. Agora são 75 combatentes. E no sábado, mais um avião chegou à região para ajudar no trabalho. Mas o vento, que no fim de semana passou de 100 km/h, faz o fogo se propagar rapidamente e prejudica o voo de aviões e helicópteros. Quando eles podem decolar, ajudam a mapear a área atingida, orientando a ação dos brigadistas; e a jogar água. No fim de semana foram despejados 19 mil litros de água. Mas na tarde de sábado, um novo foco de incêndio surgiu no município de São Jorge do Patrocínio. Foi criada aí uma nova frente de trabalho, com 20 brigadistas, que não impediu que o fogo se alastrasse rapidamente. A situação é tão dramática, que os brigadistas e voluntários trabalharam 31 horas seguidas sem descanso entre o sábado e o domingo. Os agricultores da região tentam ajudar como podem: emprestam máquinas e funcionários, doam frutas para alimentar e evitar a desidratação dos combatentes. Por causa do trabalho intenso não foi possível levantar informações da área atingida no fim de semana. Até sexta-feira tinham sido consumidos 35 mil hectares de vegetação. O Parque tem mais de 700 mil hectares. E, segundo o ICMbio, Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade, responsável pela manutenção do Parque Nacional de Ilha Grande, graças à limpeza preventiva, durante o ano, de materiais combustíveis acumulados, foi possível criar refúgios de mata para os animais, onde eles se abrigam para escapar do fogo.