A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deve divulgar, em coletiva às 10h30 desta sexta-feira (15), mais informações sobre as investigações do homicídio do tesoureiro do PT e guarda municipal Marcelo Arruda, morto no fim de semana pelo policial penal federal Jorge Guaranho.
O crime foi em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, durante a festa de aniversário do petista. O inquérito foi concluído na quinta-feira (14), segundo a corporação.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15), a delegada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa do Paraná Camila Cecconello disse que não há provas de que a motivação para o assassinato do líder petista Marcelo Arruda pelo agente penal federal bolsonarista Jorge Guaranho tenha sido "crime de ódio" ou “crime político”.
A delegada Camila afirmou que Guaranho atirou contra Marcelo por ter se sentindo ofendido, já que o petista jogou um punhado de terra e pedra contra o carro dele, após provocação política.
Entretanto, a delegada disse que a morte não foi provocada por motivo político, por ter entendido que os disparos tenham sido feitos após uma escalada na discussão.
"É difícil nós falarmos que é um crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista", afirmou.
A delegada comentou que Guaranho não planejou o crime, embora tenha recebido a informação de que a festa tinha temática do PT e tenha ido até lá para provocar com música de Bolsonaro, cometeu o crime em um segundo momento.
Para a polícia testemunhas disseram que o policial penal chegou em um carro com a mulher e um bebê. Além disso, o carro do atirador tocava uma música de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após uma discussão se iniciou. Segundo testemunhas Marcelo jogou um punhado de terra contra o veículo de Guaranho. Depois da discussão, o policial deixou o local
A Polícia Civil concluiu, com base nos depoimentos, que Guaranho retornou ao local do aniversário por ter se sentido humilhado. Ao retornar ao aniversário, o porteiro da associação tentou impedir que ele entrasse no local a pedido dos participantes da festa, mas Guaranho resolveu abrir o portão.
O Ministério Público informou nesta tarde que, a partir do recebimento do inquérito policial concluído, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado analisará o processo e trabalhará no oferecimento da denúncia, dentro do prazo legal.