“Foi encontrado traço do vírus, e não o vírus, não há riscos à saúde”

Frigoríficos

“Foi encontrado traço do vírus, e não o vírus, não há riscos à saúde”

Por José Roberto Benjamin em 13/08/2020 - 12:27

O governo brasileiro pediu explicações à China sobre o vírus, supostamente, encontrado em frigoríficos do sul do país. Testes em amostras congeladas de frigoríficos de Santa Catarina teriam presença do novo coronavírus. No entanto,a China diz que, “por enquanto,não haverá restrição a importações do Brasil". Para a OMS, "contaminação de embalagem não deve ser motivo de preocupação ou pânico".

Paulo Figueira, entrevistado da CBN Cascavel, nesta quinta-feira(13), é médico veterinário, professor universitário, especialista em Desenvolvimento de Novos Produtos Alimentícios e em Tecnologia de Alimentos, Mestre em Ciências Agrárias na Área de concentração bioquímica da carne e Doutor em Ciências Agrárias na área de concentração de proteínas de produtos cárneos.

                                                     NOTA OFICIAL

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que o setor produtivo está analisando as informações de possível detecção de TRAÇOS DE VÍRUS em EMBALAGEM de produto de origem brasileira, feita por autoridades municipais de Shenzen, na China. Ainda não está claro em que momento houve a eventual contaminação da embalagem, e se ocorreu durante o processo de transporte de exportação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil está em contato para esclarecimentos com o GACC (autoridade sanitária oficial da China), que fará a análise final da situação. A ABPA reitera que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus, conforme ressaltam a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Ao mesmo tempo, o setor exportador brasileiro reafirma que todas as medidas para proteção dos trabalhadores e a garantia da inocuidade dos produtos foram adotadas e aprimoradas ao longo dos últimos meses, desde o início da pandemia global.

Player Ouça Paulo Figueira, doutor em alimentos cárneos

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