Carlos Eduardo dos Santos, de 47 anos, foi interrogado durante algumas horas dentro da Penitenciária 2, em Sorocaba, onde está preso desde 2016 pelos crimes de estupro e estelionato. À Polícia Civil do Paraná ele deu detalhes e confessou o crime cometido contra Rachel Genofre, de 9 anos, encontrada morta dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba, dois dias depois desaparecer ao sair do colégio, no Centro da Cidade.
Para convencer a menina a ir até o local onde o suspeito morava, Carlos Eduardo se passou por um produtor de televisão. Dentro do apartamento ele abusou sexualmente da criança e a matou quando Rachel Genofre gritou por socorro.
A delegada Camila Cecconelo, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou o depoimento dado por Carlos Eduardo, em nenhum momento, ele se mostrou arrependido de ter cometido o crime.
Na última semana, um teste de compatibilidade do material genético dele com o encontrado no corpo de Rachel Genofre, de 8 anos, morta em 2008, em Curitiba, apresentou 99,9% de chances dele ser o assassino da menina.
O suspeito morou em Curitiba na época do crime, mas nunca foi investigado pela Polícia Civil. Mais de 170 testes genéticos foram feitos para tentar identificar o suspeito do crime, em quase 11 anos, mas nenhum foi confirmado.
Camila Cecconelo ressalta que as investigações vão continuar para descobrir os detalhes do crime e, ainda, a possível participação de outras pessoas.
O caso
O caso era tratado como um dos mais emblemáticos do Paraná, por falta de imagens e provas de quem pudesse ter cometido o crime.
Com o descobrimento do suspeito e agora com a confissão dele, o advogado da família de Rachel Genofre, Daniel Gaspar, espera enfim trazer paz para os pais que sofrem desde 2008.
O inquérito policial sobre o crime deve ser finalizado em menos de um mês, mas a Polícia Civil ainda espera fazer a reconstituição do crime com a presença de Carlos Eduardo dos Santos.
Repórter William Bittar