Incêndios em alta e abastecimento de água comprometido em Cascavel
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SECA

Incêndios em alta e abastecimento de água comprometido em Cascavel

Em 10/09/2019 - 11:30

Com o tempo seco e o inverno quase indo embora, a previsão é de muito calor nesta semana e a temperatura deve chegar a 37 graus na quinta-feira em Cascavel. A umidade do ar está abaixo do ideal de 40%. Na tarde desta segunda-feira, chegou a 28% de acordo com o Simepar, e os ventos a 71 quilômetros por hora, por conta de ocorrências de chuva na Argentina e que trazem vento para região. Não há previsão de chuva pelo menos até sábado. As últimas ocorrências de precipitação na região de Cascavel foram no dia 30 de agosto e no dia 01 de setembro. Somando 22 milímetros. Insuficiente para amenizar a seca anterior, que foi de quase 60 dias.

O tempo seco é negativo para a saúde, para o meio ambiente e também para a agricultura.

A Sanepar já emitiu um alerta para uso racional de água, por causa da estiagem. O tempo seco tem reduzido a vazão de rios não só em Cascavel, mas em várias cidades da região Oeste do Paraná. Os sistemas de Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia e distrito de Ibiracema, em Catanduvas, são os que mais preocupam a Sanepar. A redução da vazão dos rios destas regiões é de mais de 50% e por isso o alerta para uso racional da água. Em Cascavel, medidas emergenciais foram tomadas no período. As captações dos rios Saltinho e Peroba foram retomadas, além do aumento na abertura do registro na saúda do Lago Municipal. Em Santa Tereza, em Lindoeste em Santa Lúcia o abastecimento tem sido complementado por caminhões-pipa. Porém, segundo o gerente geral da Sanepar, é necessária conscientização, porque as ações tem efeito limitado e a orientação é para reaproveitar água o máximo possível.

Ainda com relação ao meio ambiente, a quantidade de queimadas tem assustado na cidade. O tempo seco é mais propício para incêndios em vegetação. E com o vento forte, o fogo se propaga rapidamente. Tanto que em Cascavel, segundo relatório online do Corpo de Bombeiros, neste ano já foram 394 incêndios, mais que o dobro do que no mesmo período do ano passado, quando foram 189 atendidos do dia 01 de janeiro ao dia 10 de setembro. Segundo a tenente do Corpo de Bombeiros Marcela Schwendler, a maioria das queimadas ocorre de forma criminosa.

Na agricultura, também há preocupação. Termina nesta terça-feira o vazio sanitário, que proibia plantio da soja por conta do risco de ferrugem asiática. Mesmo com o calendário aberto para plantio, os agricultores não devem fazê-lo tão cedo. Isso porque não há umidade suficiente do solo. Segundo o técnico do Deral José Pértile, além da soja, o plantio do milho e o do feijão estão atrasados por conta da seca.

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