Em entrevista à CBN Cascavel nesta quarta-feira (19) o diretor executivo da Frimesa, Elias Zydek, inicialmente falou do andamento das obras do maior frigorífico da América Latina, que está em fase final. A unidade fica em Assis Chateaubriand no Oeste do Paraná. "São 138 mil metros quadrados de área construída. Programamos a inauguração do frigorífico para o dia 13 de dezembro, data em que a Frimesa completa 45 anos", diz Zydek.
O executivo da Frimesa, empresa com sede em Medianeira, destacou também a produção prevista para o novo frigorífico que, portanto, inicia a operação em menos de 60 dias, geração de empregos e investimentos. "Na primeira etapa deveremos estar abatendo sete mil cabeças de suínos por dia, funcionando em apenas um turno. O investimento para essa primeira etapa é de R$ 1,3 bilhão na unidade frigorífica e mais R$ 2,5 bilhões no campo, nas unidades produtoras. São três mil empregos diretos. E nas etapas seguintes, esse número vai ampliando e devemos chegar a oito mil empregos diretos".
Zydek comentou também sobre o faturamento da Frimesa previsto para 2022. Em 2021, a cooperativa faturou R$ 5,03 bilhões e a previsão para este ano estava em R$ 6 bilhões. "Até o final de setembro estávamos com um crescimento de 10% em relação ao faturamento do ano passado. Nossa meta para 2022 era de um crescimento de 18%, mas diante de uma série de fatores internos e externos, deveremos fechar com um crescimento entre 10% e 11% na comparação com 2021, mas pode se dizer que é um bom resultado", diz o executivo da Frimesa.
Elias Zidek falou ainda sobre o atual cenário da economia brasileira e comparou a política do atual governo com a do governo anterior. Segundos dados do IBGE, no governo de Dilma Rousseff, em 2015 o PIB nacional caiu 3,5% e em 2016 encolheu 3,3%, em seguida houve o Impeachment. Com Michel Temer, em 2017 o PIB cresceu 1,3% e em 2018, cresceu 1,8%. Durante os dois anos de Dilma Rousseff, o Brasil encolheu 6,8%. Se somarmos os quatro anos (Dilma/Michel) a queda do Produto Interno Bruto do Brasil foi 3,7%. No governo Bolsonaro, em 2019 o país registrou crescimento de 1,2%, 2020 (período crítico da pandemia) queda de 3,9%, 2021 cresceu 4,6% e em 2022 (projeção do Banco Central) a estimativa é de um crescimento superior a 2,7%. No atual governo, o Brasil crescerá (no período de quatro anos) acima de 4,6%. "Você pega o governo anterior, que fechou no negativo, e coloca a pandemia, teríamos um PIB com queda de 8% a 10%", diz Zydek.