Em entrevista à CBN Cascavel nesta terça-feira (02) o diretor jurídico da Caciopar, Ruy Fonsatti Júnior, entre outros assuntos, falou das mudanças na legislação para as eleições de 2022, acompanhe.
Eleições 2022
"O partido terá que fazer em torno de 200 mil votos para eleger um deputado federal no Paraná"
Por José Roberto Benjamin em 02/08/2022 - 12:10Há anos a Caciopar defende mudanças que possam aprimorar e dar ainda mais transparência e confiabilidade ao sistema eleitoral brasileiro. A Coordenadoria é protagonista na Campanha Vote Certo, que leva informações aos eleitores sobre a importância de votar em pessoas idôneas e comprometidas com os interesses e valores da maioria dos eleitores da região Oeste do Paraná. No último sábado, durante reunião de diretoria na Acime, em Medianeira, a entidade decidiu intensificar suas ações orientativas de olho nas eleições de outubro.
O diretor Jurídico da Caciopar, o advogado Ruy Fonsatti Júnior, um dos principais especialistas em questões eleitorais do Paraná, falou sobre as principais mudanças que acompanham o pleito de outubro. Uma das mais importantes é que, pela primeira vez, não haverá coligações para deputados federais e estaduais. A fixação de percentuais mínimos de votos, considerando o quociente eleitoral, trará algumas novidades e tira a força dos puxadores de votos, tão celebrados em pleitos recentes. É aquele que, devido ao peso e popularidade do seu nome, conseguia votação tão expressiva que, além de garantir mandato a ele próprio, contribuía para eleger candidatos bem menos expressivos e votados da sua coligação.
Com base na equação 80%, 10% e 20%, que considera votação do candidato, votos do partido e sua relação com o quociente eleitoral, há consenso de que o processo se torna mais justo e candidatos sem muita expressão dificilmente serão eleitos. Ruy fez simulações considerando os votos de 2018 e afirmou que para o cargo de deputado federal, no Paraná, o quociente eleitoral deverá ser de aproximadamente 200 mil votos e que para o cargo de deputado estadual o quociente deve ser de cerca de 110 mil votos. O advogado citou dois avanços no processo de aperfeiçoamento das eleições: a cláusula de desempenho e o fim das coligações nas eleições proporcionais, que enfraqueceram o popular “toma lá da cá”.
Desperdício
Com base em análises nas eleições mais recentes, Ruy constatou que o Oeste joga fora cerca de 28% dos seus votos sem considerar aqueles dados a candidatos sem qualquer identificação com a região. Na tentativa de contribuir, a Caciopar decidiu, durante o debate de sábado em Medianeira, adotar novas ações para levar mais informação de qualidade aos eleitores. Entre elas estão novos encontros sobre política e a presença de Ruy Fonsatti Júnior em reuniões com transmissão ao vivo. Também será distribuído vídeo orientativo e produzida revista tratando de aspectos eleitorais. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que o Oeste amplie e melhore a sua representatividade política”, afirma o presidente da Caciopar, Flavio Gotardo Furlan.
Crédito: Assessoria
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