Os riscos do pré-julgamento.

O pré-julgamento é uma arma perigosa. Ficar julgando os outros sem conhecer. Quantas vezes você já deve ter presenciado alguém decretar uma sentença sobre uma determinada pessoa que sequer conhecia direito. Isso não é certo, mas é comum.

De onde vem isso? Na história as associações de pessoas e valores é uma constante. O historiador norte-americano, Benedict Anderson, fez análises sobre as migrações e os encontros culturais que geraram diversas nações no Globo.

Para ele, fatos associados a uma determinada população acaba por decretar todos desta comunidade a terem que carregar o estigma e a condenação de um ato preestabelecido. O preconceito racial no Brasil é um exemplo disso.

Preconceito está em todo o lugar.

Nas empresas, estas associações ocorrem. Parte delas, das ações de preconceito, constituídas em valores de senso-comum. A generalização que facilitar o raciocínio e ao mesmo tempo propaga injustiças e erros de médio e longo prazo.

Conheça antes de julgar e condenar. Mesmo que o outro tenha algo que não lhe agrade, lembre-se, você também é o objeto de agravo e o desafeto de alguém. Nas relações sociais se via de mão dupla. Quem é unânime no ódio ou no amor é quase sempre uma imagem distorcida pelo excesso.

Por isso, ter a chamada alteridade é fundamental. Respeitar o outro não é aceitar e valorizar o que ele faz, é entender o porquê faz e naquilo que não lhe afeta, deixar ser. Não se incomodar com a presença que não lhe diz respeito. Muito do que incomoda no outro são coisas mal resolvidas em nós. Principalmente quando o desgostar se transformar em agressão.

Conviver com a diversidade não é deixar de ser quem é, mas entender as possibilidades que existem de ser diferente. Apenas isso.