Em entrevista à CBN Cascavel nesta quinta-feira (10), o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli, do PSD, integrante da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, destacou a inicativa dos deputados paranaenses, que pedem a suspensão imediata dos processos licitatórios dos lotes 1 e 2 da nova concessão de rodovias no estado. "Existem muitos pontos que precisam ser corrigidos para que a empresa possa oferecer o maior desconto. É necessário que seja retirado o degrau tarifário e alguns penduricalhos. E precisamos de garantia com depósito e também separação de fluxo de caixa", diz Romanelli.
Fazem parte do lote 1 os 473,01 quilômetros das rodovias BR-277/373/376/476/PR e PR-418/423/427. Já as rodovias BR-153/277/369/PR e PR-092/151/239/407/408/411/508/804/855 foram incluídas no lote 2, que tem 604,16 quilômetros de estradas. O lote 1 conta com 5 praças de pedágio e o lote 2 com 7 praças de pedágio.
A Frente Parlamentar sobre o Pedágio no Paraná da Assembleia Legislativa do Paraná solicitou formalmente, nesta quarta-feira (09), a suspensão imediata dos processos licitatórios para a concessão de rodovias no estado, lotes 1 e 2. O pedido foi feito por meio de ofício à (ANTT), ao Ministério da Infraestrutura e à Comissão de Transição do Governo Federal.
Em uma manifestação unânime, os deputados estaduais ressaltam as recomendações e inconsistências mostradas em relatórios e documentos produzidos pela área técnica e pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), além de apontamentos feitos pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que assessora a Frente Parlamentar.
O texto do documento destaca a necessidade da “discussão de novos parâmetros pela sociedade paranaense, que atenda o interesse público. E represente tarifas justas, aliadas às manutenções necessárias, investimentos e obras fundamentais ao crescimento do Estado, especialmente a urgência de duplicação de certos trechos. É necessário a revisão do projeto e a retirada de amarras que reduzem a competitividade da licitação e, por consequência, geram tarifas mais altas".