Na vida de qualquer pessoa, otimismo requer segurança. Ninguém mergulha no desconhecido acreditando que tudo correrá como o planejado. 

Se há quem acredite no futuro sem garantias são os esperançosos. É triste dizer, ninguém sobrevive de esperança. 

Uma pesquisa feita pela PwC, intitulada CEO Survey, em sua 24a Edição, mostra que os empresários estão confiantes no crescimento de suas empresas nos próximos 3 anos, 67%. Já quando a perspectiva é o crescimento nos próximos doze meses o percentual  cai para 53%. O maior otimismo é na economia mundial, 85%.

Entre as preocupações dos empresários brasileiros está a pandemia, ou mesmo uma crise sanitária, 82%. A segunda preocupação é com um outro vírus, os que assombram a internet e podem ameaçar os dados das empresas, esta é a preocupação de 47% dos entrevistados.

Uma das questões que chamam a atenção é o excesso de regulamentação, 42%. Um índice elevado diante das medidas tomadas pelos poderes estaduais e municipais no controle da pandemia. Isto gera insegurança.

Viver em um ambiente onde as regras do jogo mudam constantemente cria um campo estéril para o crescimento da economia. Ainda mais quando se espera ter uma relação clara na execução de negócios. 

A incerteza tributária já é algo que nos acompanha há um bom tempo. No Brasil, o custo fiscal é um dos entraves para a competitividade dos negócios. Esta é uma preocupação de 56% dos entrevistados. Em segundo lugar vem a própria pandemia com 54% e a incerteza no ambiente político, 53%. Fora a situação atual que estamos vivendo, esperamos temporária, os outros dois problemas são históricos. 

Se queremos mudar, temos que dar segurança. Garantias para quem executa um trabalho e quer retorno. Ao mesmo tempo para a precificação de produtos e serviços. A manutenção de um Estado inchado tem preço sobre a vida de cada um. Fora isso, as regras mudam constantemente e geram incertezas de investimento no futuro.