A saúde pública de Cascavel vive um momento de crise. Isso porque vários acidentes de trânsito têm sido registrados na cidade, além dos pacientes clínicos, cirurgias eletivas, dentre outras necessidades de assistência que sobrecarregam o sistema. Sem leitos suficientes para tanta gente, as UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) ficam superlotadas, o atendimento demora para a população enquanto a regulação precisa esperar a liberação de um leito para encaminhar o paciente. Só que neste fim de semana uma auditoria da 10ª Regional de Saúde de Cascavel teve um resultado que surpreendeu o sistema. Essa contagem de leitos foi determinada pela secretaria de Estado da saúde. E foram encontrados, no sábado, 11 leitos vazios no HU, enquanto a administração alegava hospital lotado e, inclusive, cancelou cirurgias eletivas que seriam realizadas no hospital, por falta de leitos. Agora, a 10ª Regional de Saúde deve notificar o hospital e as auditorias serão realizadas com frequência.

No mês passado, os vereadores da comissão de saúde de Cascavel encontraram, no hospital, o mesmo problema, durante uma visita. Segundo os legisladores, 52 pessoas estavam a espera de um leito na UPA da Avenida Tancredo Neves enquanto haviam 22 leitos vazios no HU. Por conta disso, segundo o vereador Roberto parra, um boletim de ocorrência foi registrado contra direção do hospital, por omissão.

O resultado da auditoria feita pela 10ª Regional de Saúde surpreendeu o Consamu, que é responsável pela regulação dos leitos. Segundo o diretor-técnico do consórcio, rodrigo nicácio, o sistema tem trabalhado no seu limite.