O nosso grande desafio.

A qualificação de jovens para o mercado de trabalho é a nossa melhor saída para garantir o futuro de uma geração que tem índices preocupantes de inserção no mercado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30% dos jovens entre 18 e 24 anos não trabalham.

Os fatores são diversos, o mais conhecido é a dificuldade de ser contratado para o primeiro emprego. A exigência de experiência profissional tira da maioria dos jovens a oportunidade de conseguirem uma vaga. Por isso, quem tem a chance de conseguir um estágio deve abraçá-la. Uma experiência que pode ser decisiva para o início de uma carreira profissional.

Outros fatores dizem respeito as habilidades de relacionamento exigidos em uma empresa. Ou seja, a necessidade de saber se comportar em um ambiente que exige respeito a hierarquia e busca de foco associado a resiliência. O que entre os jovens é algo difícil de se encontrar atualmente.

Trabalhar e educar no mesmo lugar.

Muitas empresas percebem que uma saída é preparar a própria mão-obra-através de programas de qualificação. ONGs estão se dedicando a esta prática. Uma das mais conhecidas é a Espro – Ensino Social Profissional.

Ela foi criada pelo Rotary e já tem 44 anos de atividade. Já colocou nas empresas 17 mil aprendizes e tem mais de 30 mil cadastrados. A instituição iniciou a colocação de estagiários em 2022 e já teve um crescimento de 60% de jovens encaminhados.

Empresas que fazem parcerias com instituições de ensino e promovem qualificação e inclusão de jovens no mercado de trabalho permitem a melhora no potencial produtivo da população. Isto em um país com mais de 30% de evasão escolar nos primeiros nove anos do ensino fundamental.

As pessoas precisam de um sentido para viver e o trabalho é uma demonstração de que é possível aliar qualificação com inclusão. Com ações como esta, o futuro agradece.