O impacto da guerra estabelecida entre a Rússia e a Ucrânia pode ser observado no nível global. A situação vivenciada por cidadãos desses países chamou especial atenção do governo paranaense, devido à grande incidência de descendentes ucranianos no Estado. Consequentemente, em março de 2022, a Fundação Araucária lançou o Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianos, aplicável em universidades paranaenses.
Participando do Programa a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) recebeu em agosto do ano passado a cientista Yuliia Felenchak, pesquisadora da área de turismo. Ela e o esposo Andrii Holod, foram aprovados para realizar atividades científicas no Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras, do campus de Foz do Iguaçu. No entanto, visto que os homens não poderiam sair do país, caso precisassem lutar na guerra, Andrri não conseguiu permissão para viajar com a família na época, obrigando Yuliia a recomeçar a vida com seus dois filhos no Brasil.
Desde então a pesquisadora estabeleceu moradia em Foz do Iguaçu , trabalha na Unioeste e os filhos vão à escola. Uma rotina quase normal, não fosse o fato de que Andrii permaneceu num país em guerra levando insegurança para o dia a dia familiar. A inserção das crianças na escola pública paranaense trouxe especial atenção a um dos filhos do casal, que após alguns meses no Brasil, foi diagnosticado com autismo e vem recebendo total atendimento das pedagogas e profissionais do município.
Com isso, no final do mês de janeiro de 2023, após cerca de seis meses longe da família, o diagnóstico do filho e as inúmeras tentativas de conseguir a autorização do governo ucraniano para deixar o país e reencontrar a família foi concedida a sonhada liberação. Bastante esperado pela família e pela Unioeste, onde também irá prestar seus serviços como como professor/pesquisador, Andrii pode finalmente rever sua família na manhã desta terça-feira (1º) quando desembarcou em Foz do Iguaçu.
Com Assessoria