Grande parte do que enfrentamos são monstros criados por nós mesmos. E o que estamos atravessando hoje no país não é diferente. Esta forma que muitos consideram inédita que a vida tem, onde a discussão sobre a liberdade está no centro dela, já se faz a muitos anos.

O autoritarismo e intervencionismo do poder público nos afeta diretamente, isto é fato. O país e contraditório demais desde sua origem. Construído pela diversidade de condições e a ocupação de seus territórios foi marcado por condições e momentos distintos, não somos um padrão e nem uma unidade.

Aqui se cala a boca da ameaça pela violência. Se julga o inimigo de forma generalizada e superficial. Os brasileiros parecem desconhecer o país e isso é proposital. Não temos uma formação escolar adequada para podemos compreender a formação do Brasil com toda a profundidade e suas contradições.

Por isso, parte considerável deste debate que estamos vivendo é movido por ignorância. Não no termo ofensivo da palavra, mas por ignorarmos a realidade que nos cerca. Não temos a percepção do quanto nossos dilemas e contradições sempre foram resolvidos, bem ou mal, mais mal do que bem, pelo intervencionismo opositor do Estado central.

O sucesso e insucesso deste país é marcado pelo jogo de forças relacionado ao domínio das decisões do poder públicos. Nada sobreviverá sem ele. Por isso, ocupar o poder permite o sucesso e a abertura de possibilidades, não estar perto do poder gera restrições e dificuldades propositais.

Enquanto não se mudar a lógica não haverá resultado diferente. E mudar não significa golpe, não significa armas na mão do povo, não significa tutela do poder público com subsídios intermináveis. É a educação para a liberdade e capacidade de geração da vida pelas próprias mãos. É dar as pessoas autonomia e não tirá-las.