Idealizamos demasiadamente as pessoas. Esperamos delas o que muitas vezes elas não podem nos oferecer. Os seres humanos são o que são. Na compreensão da sociedade e dos indivíduos, o comportamento é sempre uma boa resposta ou, pelo menos, um ponto de partida. 

Em alguns momentos, as pessoas mais importantes, aquelas que geram influência ou suas decisões repercutem de maneira mais intensa na vida social, nos decepcionam. Demonstram limitação ou infantilidade no trato das coisas. Exatamente aquele que deveria ter maturidade e agir com responsabilidade e clareza. Age de forma tola e infantil. Toma atitudes vingativas e se posiciona como um ditador quando deveria incentivar o diálogo. 

Temos duas formas de agir: 

A primeira é aprender a lição e considerar que o ato infantil deve ser rebatido. Temos que buscar o que é melhor para nós. E ter uma liderança ou alguém imaturo ao nosso lado não é uma saída, mas um prejuízo de grande proporções conforme o tempo passa e não tomamos uma atitude. 

A segunda é nos enganarmos e nos rebaixamos a imaturidade do líder. Aceitamos e disfarçamos os prejuízos dos seus atos em nossas vidas. Seremos assim tão infantis quanto aqueles que criticamos e estaremos legitimando a tolice como conduta e critério. 

Temos que amadurecer. Não podemos aceitar a fantasia de quem está no comando como condição para nossa vida. Faremos ao longo do tempo uma coleção de atos equivocados. E isso nos custará o desgosto de viver sempre uma vida que não é nossa. Carregada de ilusões acumuladas e represadas sem construir um sentido para uma vida inteira.