Qual a diferença entre a cordialidade e a má educação? Seria a intenção? As pretensões determinam a forma como se trata as pessoas a sua volta?
Na vida, cheia de acordos e alianças, na busca de se chegar a onde interessa, a cordialidade pode ser a prática habilidosa para se alcançar interesses?
Também, a má educação tem sua função estética. Há quem critica publicamente para ganhar prestígio, demarcar poder, estabelecer limites e demonstrar força.
Porém, nem sempre a cordialidade e ou a má educação pode ser sincera. Contudo, são comuns. No mundo das mídias digitais há quem faça “pose”. Tente convencer pela aparência e sem essência. Funciona.
Hoje, temos a indústria da estética, bem elaborada e estrategicamente convincente. Inclusive, considero, que pela habilidade exigida da falsidade, há empenho e esforço profissional.
Então, me pergunto, nos tempos em que se reivindica transparência, autenticidade, por que a indústria da ilusão impera?
Diogenes, pensador grego, um cínico, lembrando que o cinismo é uma escola filosófica e não o termo usado com base no nosso senso comum, sempre buscava uma pessoa verdadeiramente honesta.
Segundo a história, Diogenes andava com um lanterna a procura de uma pessoa honesta. Ironizava, sabia que não a encontraria com facilidade, porque o honesto não se distingue do desonesto de maneira tão clara. Há que se ter lucidez, iluminação, claridade, com a lanterna de Diogenes, para descobrir.