Faço parte de uma ação voluntária. Comecei faz pouco tempo em uma delas. Já fiz outras ações, mas esporádicas. Esta, que atuo todos os sábados distribui alimentos para a população carente, em condição de vulnerabilidade. Atende mais de 150 famílias.
Na mesma instituição há uma instituição de ensino, ligada ao Programa Jovem Aprendiz. Ela coloca centena de jovens todos os anos no mercado de trabalho. Mas, antes disso, os prepara como seres humanos. Isto é fantástico.
Sou apenas um componente pequeno em uma engrenagem chamada solidariedade. Esta condição é uma escolha, feita por milhares de pessoas, os chamados voluntários. Quantos deles em quantas instituições, ONGs sem fins lucrativos e com uma proposta de lutar contra problemas crônicos.
Na instituição onde atuo, estou aprendendo aos poucos a conhecer a vida de inúmeras pessoas que são esquecidas, não tem esperança de serem ouvidas, tem dramas pessoas que muitos de nós não temos dimensão. São uma realidade dura diante de um mundo que alimenta fantasias. Elas são a necessidade real do que é necessário e não o encanto sobre o superficial que movimenta a vida de tantas pessoas.
Vivemos em redomas muitas vezes. Nos fechamos em um cotidiano perigoso. Temos uma trajetória de vida diária que nos acumulam experiências como a exceção e vamos considerando isso uma regra. Tomados pelas nossas preocupações, contribuímos para o esquecimento de tantos.
Porém, o que mais aprendo todas as vezes que me coloco na ação voluntária, todas as vezes que saio da minha redoma, é que minha vida não é mais a mesma e o sentido que ela tem apresenta um outro significado, um propósito, o que muitos buscam a vida inteira.
Reflita e faça algo além de nós mesmos, isto pode ser a diferença entre uma vida sem ou com significado.