Telefone sem fio, lembra?
Eu acredito que você já deva ter brincado de “telefone sem fio”. Em sala de aula já fiz a dinâmica com meus alunos e eu mesmo fui apresentado a este jogo no banco escolar. Ele ocorre também nas empresas. Pegar uma fila de pessoas, pegar uma mensagem original que o primeiro da fila passa para o próximo e assim ocorre sucessivamente, quando a mensagem chega no último e ele fala publicamente a mensagem recebida, ela não tem nada a ver com a mensagem que foi dada inicialmente. Neste momento, todos caem na risada.
Porém, no dia a dia, as consequências deste “telefone sem fio” é desastrosa. A forma como a comunicação entre as pessoas pode ser deturpada gera problemas. Ainda mais quando passa a ser critério de avaliação de pessoas ou comando para execução de tarefas. Na atualidade, com o acesso que as pessoas têm às redes digitais, o “telefone sem fio” propaga mentiras em larga escala, não contamina de “um para um”, das milhares em milhares.
Se até aqui já percebemos o risco que a comunicação distorcida pode gerar, imagine quando ainda se acrescenta o ingrediente de quem pretende fazer maldade. Propagar mentiras utilizando uma rede de contatos, um meio de comunicação, uma página social na internet são armas perigosas na mão de quem tem má intenção.
Saiba usar a comunicação
Quer fazer o bem, pense no que fala e não use a comunicação como arma de desinformação. Evite agredir, se possível não agrida. Use a comunicação para resolver conflitos e não para alimentá-los.
Muitas das nossas raiva e sentimentos de rancor e ódio são alimentados por desinformação, por distorção da realidade, por uma comunicação mal feita. Não por acaso, os excessos que cometemos são praticados pela emotividade sem racionalidade. Depois que a “poeira abaixa”, há muito arrependimento.
Evite que a distorção te domine. Busque confirmar as informações que recebe. Saiba como lidar com a violência propagada e gere uma comunicação confiável. Podemos fazer isso, se queremos ser éticos, há que saber lidar com a informação de maneira a preservar sua integridade e também daqueles que estão envolvidos.