Quando vamos assumir nossa responsabilidade na comunicação? Jean-Paul Sartre, filósofo francês e conhecido por ser um dos maiores expoentes do Existencialismo considera que somos condenados a liberdade. E a escolha é uma condição humana constante, um exercício inevitável.

Nem todos querem assumirem esta condição de ser livre e de estarmos condenados as escolhas. Mesmo quando aparentemente não temos opção fazemos escolhas. E na comunicação isso é uma constante.

Uma das tendências problemáticas da comunicação é nos eximirmos da responsabilidade das escolhas que fazemos. A velha lógica de que não temos culpa ou atribuir a culpa a outro ou outros. Mesmo que este outro seja o sobrenatural.

Tem gente considerando que “Deus está aí para isso”, assumir a culpa. Você já ouvir a velha retórica de que foi “Deus quem quis”. Também já soou no seu ouvido a velha afirmação: “Fazer o que? As coisas são assim mesmo.”

O mais comum dentro das empresas são os que colocam a culpa na hierarquia e afirmam que: “tiveram que acatar as ordens superiores.” Já ouviu aquela: “Ordens são ordens!”? Ou os que costumam afirmar que são assim mesmo e não tem jeito, aceitar ou largar.

A lista de justificativas para transferir a responsabilidade são enormes. Por isso, gastamos mais tempo arrumando desculpas do que enfrentando o dilema de nossas decisões e a coragem de assumir de forma consciente nossa posição.

Muito cuidado, assumir a responsabilidade e se posicionar na hora de nos comunicarmos é uma definição de caráter importante. Ainda mais quando temos responsabilidade naquilo que afirmamos. Somos senhores e senhoras da forma como nós administramos a convivência com os outros.

Pense e reflita, seja mais sincero e senhor em suas decisões. Isso nos dá respeito e nos ensina a respeitar as pessoas envolvidas no que decidimos.