Ligar a televisão e acompanhar os problemas trazidos em números pela pandemia já é algo que acompanhamos há mais de oito meses. Ficamos apreensivos e há quem considere ficção. Dizer que é uma gripezinha mesmo diante de muitos infectados e mortos. Outro problema é a crise econômica que atinge uma grande quantidade de brasileiros. Sendo que o desemprego e a falência de empresas é sua maior expressão.
Depois de tanto tempo, a pandemia se alastra e traz os números da dor cada vez mais próximos de nós. 8 em cada dez brasileiros conhecem alguém que pegou a doença ou que morreu por causa dela. Na mesma proporção conhecemos alguém que recebeu os efeitos econômicos da pandemia, seja na perda do emprego ou na falência de um empreendimento.
Dói mais quando a ferida chega mais perto da nossa própria pele. Ficamos mais sensíveis. Deveríamos ficar antes, talvez isso nos ajudasse a agir de maneira mais solidária. Repensar o nosso comportamento quando temos ao nosso lado um ser humano que tem a vida afetada por algo que ele não controla.
Não se culpe diante dos problemas que a Covid-19 pode ter trazido para sua vida. Temos uma tendência em nos culparmos. Há aquilo que dominamos e podemos evitar e há o que não temos controle e não podemos fazer muito para mudar o destino. O que está em nossas mãos é a forma como vamos reagir Qual a lição que aprendemos do que a vida nos coloca a frente. Neste sentido, nosso destino está em nossas mãos.
Acredito que as pessoas que estejam passando por um momento difícil por causa da pandemia, devem procurar perceber que este é um momento e não um destino, um fim em si mesmo. A crise é sempre uma fase. Ela tende a passar com mais rapidez e leveza na proporção que estamos a busca de solução e vamos ao encontro de alternativas. Esta condição é determinante. Como diz o sábio ditado, posso não ter como evitar a dor, mas tenho a escolha de como vou encarar e o que vou fazer com ela. Pois, como diz a canção de Marisa Monte, “a dor é minha dor”. Assuma a sua e resolva para ser uma pessoa melhor.