Escolher é o que fazemos todos os dias em um ambiente de liberdade. Na simples ida ao mercado nas compras, saber que prateleiras com vários produtos e marcas distintas nos dão inúmeras opções. Podemos escolher pelo preço, pela qualidade, pela comodidade, pela estética, pela responsabilidade ambiental, enfim, por tantos critérios na proporção das opções que temos.
Esta prática simples têm por de trás algo que uma democracia liberal permite, o direito de construir nossa vida conforme nosso interesse. Ter a responsabilidade sobre parte considerável do nosso destino.
A liberdade de escolha de quem nos governa deve também ser um direito. Se não podemos escolher, temos que construir o direito de buscar outra alternativa para garantir ao máximo nossa vontade. A busca de que prevaleça o nosso interesse nas condições que a vida em sociedade permite.
Se trabalhamos em uma empresa em que estamos descontentes com o comando, a chefia não nos agrada, desestimula, consideramos que não somos reconhecidos e que temos uma remuneração baixa, temos que ter o direito de mudar de empresa se não podemos mudar as condições de trabalho.
Saiba que 8 em cada 10 demissões que os funcionários pedem, nas empresas, são por causa do chefe, levantamento da consultoria de recrutamento Michael Page, em 2019. O que demonstra a importância de uma liderança que atenda as necessidades e expectativas dos liderados. Lembrando que o salário não é a prioridade para manter um funcionário dentro de uma organização.
Na vida pública, mais do que dentro da empresa privada, o direito de escolha do líder é uma conquista, uma garantia, um direito. Temos que exercê-lo. Não podemos abandonar um dos instrumentos mais relevantes de uma república. Por mais que tenhamos em vários momentos nos decepcionados com os homens públicos e temos críticas ao ambiente político.
Os nossos descontentamentos com o ambiente político tem uma relação direta com nossos atos. As escolhas que fazemos alimentam os interesses a nossa volta e a intenção de quem se relaciona conosco. Se nos sentimos enganados é porque damos margem para a enganação. Deixamos de ocupar o espaço que o outro ocupa. Chamamos de invasor, só esquecemos que cedemos à pressão feita. Se não cobramos, porque alguém tem que se preocupar com nossos interesses?
Por isso, respeite o seu voto, busque exercer o seu direito a escolha. Se faça ouvir e expresse o que considera melhor. Demonstre que está atento ao que ocorre com você e com tudo o que está a sua volta. Conviva em coletividade e aprenda a debater seus interesses e os interesses coletivos. Conheça as pessoas e lute pelo que você considera necessário, sempre lembrando que todos têm o mesmo direito e que podem não concordar com você.