Elas são a maioria do eleitorado.
Sim, as mulheres representam mais de 50% de quem faz a escolha dos representantes públicos. Se alguém deseja o poder deve convencê-las. Mas, o que as convence?
Toda a escolha está fundada em modelos que consideramos os mais adequados a determinadas funções. Não é difícil de entender esta lógica. Apenas consideramos que certas ações que tomamos esperam certos resultados e que para ter estes resultados, há um perfil mais adequado.
Logo, quando estamos diante da opção, os valores que estabelecemos, os critérios que temos, acaba por favorecer um determinado candidato.
Estes critérios podem ser racionais, fundado em uma experiência lógica, mas também podem ter uma carga emocional, hábitos e valores associados a escolha. Há uma complexidade de critérios que podem apontar para uma ou outra pessoa.
Qual a preferência delas?
Contudo, quando se fala em escolha do político elas tem que modelo, que perfil?
Dados do Instituto Locomotiva apontam que 30% das mulheres acreditam que os homens estão mais preparados para assumirem os cargos públicos. Já para 54% das eleitoras, há a possibilidade de votar em mulheres, mas elas estejam preparadas para governar.
80% das eleitoras não fazem distinção entre votar em homens ou mulheres, porém, consideram que há poucas mulheres com chance de vencer a eleição, o chamado “voto útil”.
Metade das eleitoras, 50%, consideram que as mulheres são boas candidatas para cargos no legislativo, já no executivo tem preferência por homens.
Logo, o modelo de preferência das eleitoras são as mulheres. Elas têm pouca tendência a votar nelas, por mais que a maioria considera a pauta de igualdade de gênero relevante. Mas, quando um homem abraça a causa acaba tendo a preferência do voto.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), menos de 15% dos cargos representativos são ocupados por mulheres na vida pública.
Dilma Rousseff foi eleita presidente da república por dois mandatos, não chegou a terminar o segundo, mas nas duas ocasiões, o fator decisivo de sua eleição foi o apoio masculino.
Por isso, combater o preconceito em relação a mulher na política é uma tarefa árdua, longa e que tem nas mulheres o principal foco. Elas precisam votar nelas, confiar na representação feminina e assumir o protagonismo pelas suas próprias mãos.