Há um aumento de casos de Covid-19 no Paraná. E ele tende a crescer nos próximos dias. Muitos tentam encontrar o fator que determinou este crescimento de contaminados e, infelizmente, mortos. Porém, para cada ser humano envolvido, e todos estamos, há uma escolha é vital, queremos esperar pela segurança ou arriscar e viver a incerteza. Nesta afirmação há uma outra fundamental, qual o valor que damos a vida? Podemos acrescentar mais uma, a vida é agora ou ela é o futuro que se constrói todos os dias?
Que todos estamos cansados de regras e limites impostas pelas medidas de segurança em relação a pandemia do novo coronavírus, isto é fato. Não foi uma opção, é uma necessidade. As regras de restrições acabam se tornando formas que governos usam para impedir o avanço acelerado da doença. Não é um ato benéfico, a prevenção muitas vezes nos limite e cria imposições para impedir um mal maior.
É preciso pensar no quanto vale o preço que se paga ao obedecer às restrições. O valor da dor alivia com a preservação do amor? Amanhã será melhor, ou não tem qualquer importância para mim? Vivo apenas e hoje é o que importa? Não, sou capaz de qualquer sacrifício para proteger um bem maior? Perguntas constantes que são respondidas pelos nossos atos diariamente.
O Paraná tem agora mais de 275 mil casos confirmados e já são 6.067 mortes. O que se faz diante destes números? Se nega? O comportamento de fechar os olhos e pensar que não se há nada a fazer enquanto a doença não chegar e nos atingir pessoalmente é ato comum. É hora de se pensar e tomar a decisão, de que lado você está?
O ser humano tem esta tendência de buscar satisfazer suas vontades da maneira mais fácil. E quanto mais fácil, maior o interesse pelas coisas que dão satisfação pessoal. Esta ação com interesse imediato é comum. Porém, tem seu preço coletivo. Por mais que possamos considerar que há escolhas particulares que determinam uma condição social, há quem permita que as escolhas ocorram e gerem situações de satisfação. Raramente um prazer pessoal é cumprido isoladamente. Há cumplicidade no bem e no mal feito.
Logo, voltamos a velha questão, quanto vale a vida?