Vivemos uma sociedade de risco quando falamos de deslocamento nos espaços urbanos. O trânsito nas cidades médias brasileiras, em regra, é caótico. Além de vias mal projetadas, pouca sinalização, a imprudência é o fator determinante da maioria dos acidentes.
Dados do Detran mostram que o Paraná tem uma vítima de trânsito a cada uma hora e dez minutos. No mesmo levantamento, entre 2014 a 2018, o Estado teve 37,7 mil pessoas vítimas de acidente. A maioria envolvendo motociclistas.
Vale lembrar que as motos representam 14,6% da frota do Paraná. Mas, os motociclistas são 51,33% dos acidentados. O que demonstra a insegurança, o risco, de circular com uma motocicleta pelas vias da cidade. Algo precisa ser feito.
A solução está no investimento em meios de transporte que protejam as pessoas e garantam uma mobilidade eficiente. Os ônibus urbanos devem ser incentivados. A instalação de canaletas exclusivas para que os coletivos possam circular livres de dividirem com carros e motos as vias públicas. Dar agilidade ao deslocamento e permitindo chegar em um tempo menor, seduzindo as pessoas para optarem por este meio de modal. Claro que deve se levar em conta o custo.
O trânsito deve ser um meio e não um fim para a maioria das pessoas que se deslocam. O poder público deve ter estratégias claras e planejadas de lidar com os modais e as vias públicas. Integração e eficiência devem ser o ponto de partida. Contudo, elaborar meios para reduzir o deslocamento por meio de um transporte motorizado e individual e incentivar o uso do transporte público e de modais individuais limpos, como bicicletas, patinetes e dar cada vez mais espaço para os pedestres.
Infelizmente, o trânsito não acaba cumprindo de forma eficiente sua função básica. Ele coloca em risco as pessoas. Muitos sofrem um estresse constante para sair de um ponto a outro. Pior que isso, muitos em um ambiente de deslocamento, acabam ficando no meio do caminho.