Pessoas abandonam empresas.
A permanência no emprego cai conforme a idade das pessoas também. Quanto mais novos, menos tempo. Os que tem entre 14 e 24 anos ficam em média 9 meses, já os que tem mais de 50 ficam 9 anos.
As empresas também não sobrevivem muito, menos de 40% delas conseguem sobreviver a cinco anos de existência. Logo, para muitas empresas, a questão não é o tempo de permanência dos funcionários, mas a sobrevivência do próprio empreendimento.
Uma economia estável ou as pessoas não planejam o futuro de sua carreira e da empresa que administram?
A resposta para esta questão é sim para os dois lados.
Empresas também não duram muito.
Se montam empresas no Brasil por necessidade imediata. Da mesma forma se busca trabalho. Nos dois lados há alguém apagando fogo, ou melhor, tentando não morrer afogado.
O baixo índice de qualificação dos brasileiros, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de dois terços da força de trabalho norte-americana, usada como padrão. Logo, o rendimento é baixo, a qualificação também.
Precisamos nos qualificar.
A qualificação de empresários e funcionários é urgente. Não podemos mais esperar.
Contudo, ela deve ter algo diferente. Não podemos nos qualificar somente para uma competência técnica. Temos que ter uma profissão sólida. Uma graduação que nos permita ter uma carreira de longo prazo e ao longo da jornada profissional aprimorarmos necessidades pontuais, conjunturais, contextuais.
Uma graduação em um campo de conhecimento é muito bem-vinda, uma profissão tradicional, que pode ser o eixo para outras áreas de aperfeiçoamento que as oportunidades do mercado de trabalho oferecem.
Se queremos viver muito e que as empresas tenham vida longa também, temos que mudar nossa atitude de tratar o futuro.