Chefes todos nós temos. Eles sempre aparecem em nossas vidas. Alguns se livram e podem se transformar em um deles. Um chefe ou padrão existem em todos os lugares. Um chefe de tribo talvez seja o mais adequado como um termo coerente para aqueles que gostariam de fazer uma gestão eficiente. Ser patrão é algo mais fácil de se exercer. Tendo capital e poder de coerção, figura senhorial, paizão, patrão e imposição fazem uma sintonia perfeita. O mando é sua principal característica.
Ontem, no dia 15 de novembro nós escolhemos um líder, que pode ser chefe ou patrão. Na história da formação brasileira um grande número de senhores eram apenas o pater todo poderoso. Se impunha sobre seus liderados pela herança do poder em forma de terras e pessoas ou pela força do capital que que repousava em suas mãos a vida das pessoas.
Não podemos admitir a existência deste tipo de comando ainda, em nossos dias. Há que se ter alguém que saiba orientar as pessoas com que trabalha para que gerem resultados e aprendam com o trabalho a atividade que tem. Uma empresa é também uma escola. Talvez a melhor de todas as instruções e qualificações se tivermos um mestre na liderança.
Alguém que saiba orienta sem impor, saiba ouvir e não insistir, um ser humano reflexivo que mude quando necessário a estratégia quando percebe que é o caminho melhor para o resultado, poupando ao máximo as pessoas de ofensas e privações.
Eu tive muitos líderes na minha vida. Inúmeros. Alguns prefiro esquecer. Outros levaram para sempre na lembrança como uma lição de vida. Os marcantes são aqueles que nos ensinam a sermos melhores. Nos transformam em silêncio agindo e quase ficam imperceptíveis. Quando se faz uma reflexão profunda se percebe que estão ali. Naquilo que estamos fazendo. Que ajudou a aprendemos sem imposição.
A estes eu presto a minha homenagem. Principalmente porque entre os líderes que tive, um deles, uma mulher, em um país que as discrimina muito no papel de liderança, que demonstra a eficiência em muitos casos no silêncio de agir e se fazer sentir pelo resultado que as coisas dão. Se sou professor e jornalista, sei distinguir um mestre líder e apenas um chefe. Elci Nakamura é um mestre que me fez jornalista.