A democracia não é perfeita, mas é o meio mais justo
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A democracia não é perfeita, mas é o meio mais justo

Por Gilson Aguiar em 20/09/2024 - 08:00

Os problemas da falta de consenso.

A democracia é a melhor forma de governo? Sempre ocorreram movimentos sociais que desejavam eliminá-la, a consideravam “senhora” de todos os males da vida. Muito porque consideram que escolhas feitas pela maioria nem sempre são as melhores escolhas. 

Há, na democracia há uma falta de racionalidade lógica na ação que se delibera por todos. Ou seja, quando a maioria escolhe, nem sempre se faz a escolha mais eficiente ou, como alguns gostam de dizer, inteligente.

Também, se argumenta que a democracia deixa mais lenta as decisões do Estado, e acaba por demorar para responder às necessidades urgentes. Afinal, se tem sempre que escutar, se não todos, os envolvidos. E isso gera burocracia, afinal, não estamos em uma democracia direta, mas indireta.

Entre a eficiência e a responsabilidade da escolha.

Platão concordava, e considerava a democracia uma forma de governo que se corrompia. Para ele, a maioria acaba gerando anarquia e não permite a ação mais inteligente, por isso, o governo dos sábios seria o melhor governo. Com os mais qualificados no comando, toda a ação do governo seria a melhor porque seríamos governados pelos melhores. 

Já para Aristóteles, a democracia não é perfeita, tem seus males. Contudo, é a que tem menos defeitos, a “menos pior”. Pois, se o ser humano tem defeitos, sendo assim, toda e qualquer forma de governo sofrerá seus riscos de se corromper. A democracia, apenas, reduz os riscos da corrupção ao dividir com a maioria o peso da decisão. E isso é justo. Se não se faz a justiça, é pelo menos o “justo meio”.

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