Os nossos hábitos. Nem sempre são aquilo que gostaríamos. Não fazemos automaticamente ou constantemente o que consideramos ideal. Por sinal, tem muita coisa que praticamos que nos desagradam profundamente. Logo depois de praticados, alguns hábitos nos trazem uma certa frustração. Aquela velha questão, “Por que continuo fazendo isso?”.
Os hábitos nos identificam profundamente. São eles, os hábitos, nossos dilemas e problemas mais sensíveis. Porém, a pergunta que não quer calar, “Como fazer para mudá-los?”
Coragem, talvez nos falte isso. Mas, a coragem implica em sentido de vontade potente que seja maior que a permanência na satisfação de viver. O que quero dizer com isso? Que seja uma questão de “vida ou morte”, ou muda ou morre, por exemplo.
A mudança só nos é inevitável quando o que está em jogo é a nossa permanência, a nossa essência. Quando chegamos ao limite do tolerável e o insuportável. Ou seja, quando somos empurrados para o abismo.
Poderia ser diferente? Bom, para quem acredita que a alma ou razão é capaz de dominar o corpo, sim. Mas, para quem acredita na emoção como motor, seja ela paixão ou ódio, vontade ou medo, aí, tem que se combater sentimento com sentimento. Mudar o hábito é ter uma emoção compensatória.
Porém, o hábito continua sendo um problema. Se ligado a valores nefastos, é bom ser forte o suficiente para ter razão e uma emoção intensa que rompa os vícios e que corra o risco. Antes que seja tarde demais.