A liberdade: peso e leveza
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Comentário

A liberdade: peso e leveza

Por Gilson Aguiar em 28/05/2019 - 18:30

A questão da escolha. Isto é fundamental. Todos temos que preservar o direito de ser livre, de poder escolher o seu destino. De delimitar o caminho que deseja para sua vida. Esta escolha, porém, é precedida da responsabilidade pelos nossos atos. O que desejos ser ou fazer e o sentido de nossa ação. Aqui está um peso da liberdade que muitos não querem.

A emancipação do indivíduo é uma condição fundamental para garantir seu futuro. Se temos uma obrigação na educação dos filhos, das crianças e dos jovens, é emancipa-los. Desenvolver a capacidade de autonomia para que cada um exerce o direito de ir e vir. Mas, fundamentalmente o de sair do lugar, não aceitar a “zona de conforto”.

Na contramão do correto desenhamos o tordo e denominamos de amor. Não estabelecemos a emancipação dos nossos filhos como meta. Retardamos a saída de casa, o ingresso no mercado de trabalho, a busca de garimpar a sobrevivência. Consideramos que facilitar o caminho e encurtar distâncias, mas na prática, o que estamos fazendo e gerando um paquiderme empacado. Paralisado pelo peso do que criamos. A lição é simples, a falta educa melhor que os excessos.

Não podemos temer a obrigação da responsabilidade sobre a nossa vida e a autoridade sobre ela. As escolhas são nossas. Há aqueles que estão subordinados ao nosso comando e esperam de nós a melhor liderança, a melhor decisão. Por isso, não podemos nos eximir ou transferir nossas responsabilidades. Se não a queremos, não podemos reivindicar os louros da coragem e dos prêmios de uma função que não exercemos. Muitos só têm títulos e não ações.

Por isso, educar para a liberdade é permitir que o outro não tenha a mesma opinião que nós. Dar a ele o direito da escolha e defender o nosso direito. A proporção em que compreendemos a autonomia das pessoas elas devem respeitar e entender a nossa. Acordos partem de discordâncias para ter consenso e não imposição. Aquele que se impõe teme a liberdade tanto quanto aquele que se deixa comandar. Então vamos educar para a liberdade, ensinar as pessoas a fazerem escolhas e não impedir que cresçam sem saber quem são, o que querem e quais escolhas devem fazer.

 

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