Governo conseguiu aprovar no Senado o “estado de calamidade” que permiti uma série de benesses para a população de forma imediata e remediativa. Gastos acima do teto que chegaram a mais de R$ 41 bilhões. Tem desde de ‘Pix caminhoneiro” a “vale-taxista” e “vale-gás”.
O governo alega que é fundamental as medidas para poder reduzir os impactos da alta do petróleo sobre a vida de setores dos brasileiros que atravessam um momento de crise.
A medida foi aprovada pela grande maioria dos senadores, na primeira votação foram 72 votos a favor e na segunda 67. Apenas um senador votou contra, Jose Serra do PSDB.
A medida é eleitoreira. Se não fosse a decretação de uma PEC – Projeto de Emenda Parlamentar, ela não poderia existir. Foi ato com intenção imediatista usando de artimanhas para conquistar a simpatia em ano de eleição. “Ninguém que ficar de mal do povo”.
Afinal, em um ano de eleição, mesmo a oposição, não quer ser contra o que beneficia a população de maneira imediatista e depois terá um custo caro quando a fatura chegar.
Todo o gasto público sai de algum lugar. Se não tem de onde tirar fica como dívida que pressionará as fontes de arrecadação. Aumento de impostos e corte em outros investimentos, principalmente em infraestrutura e educação. Nada vem de graça.
O grande problema nesta situação é saber que o benefício que está se dando é imediatista e não resolve o problema de forma definitiva. A sacanagem é manter uma situação de dificuldade crônica para ficar manipulando as necessidades na hora que interessa. É a história de dar o peixe e não a vara para pescar. E nós aceitamos. Sempre aceitamos.
Mantemos a relação de dependência que nos explora em troca de migalhas. Isto não está certo. Precisamos parar de compactuar com as pessoas que nos fazem mal, nos estrangulam até quase a morte e depois alivia para nos dar um suspiro de vida.
Lembre-se, na vida, quem aceita as migalhas, compactua com a desigualdade e a injustiça da relação.