Ilusão, quantos não usam deste artifício para manter uma imagem falsa? Se observarmos alguns seres a nossa volta, eles são um camaleão, “mandraqueiros”. Fazem o feitiço de se apresentarem como seres de uma ação moral inconteste, mas vivem de trambiques e maledicências. Não são poucos.
Eles são os primeiros a chamarem o apelo moral na defesa dos interesses da sociedade. Acusam de perversidade os que se mostram diferentes e ameaçadores ao pudor da tradição. Porém, estes mesmos moralistas de plantão agem de forma pervertida nos porões da sociedade.
Sua retória é senso comum. A fala que a multidão limitada em sua percepção usa como chavão no dia a dia. Generaliza-se por não se entender a complexidade das coisas. O termo gay, feminismo, drogados e bandidos são termos comuns usados pelo limitado ser humano na busca de explicar problemas que merecem mais atenção e conhecimento.
Neste ambiente, o mandraqueiro está à vontade. Elogiado por entender o clamor popular, ele é visto como um líder. Na prática, estamos colocando à frente um ser da nossa pior espécie. Acreditamos que a ilusão da simplicidade acaba se transformando na verdade pelo mar humano da ignorância que vivemos. Quando a razão lógica e profunda vai tomar conta de nossas vidas?
Educação nos falta em grande escala. Ela pode nos tirar deste labirinto que nos encontramos. Distante de uma saída por não termos uma visão mais ampla de onde estamos e, desta forma, perceber qual é a saída. Vivemos um mundo em que ao invés de nos elevarmos, rebaixamos a medida para gerar a inclusão. É aí que o “Mandraque” ganha força.
Entenda, estude, compreenda, conheça, discuta, esclareça e tenha consciência. Estas são as fórmulas para evitar a mentira tida como verdade. De tão dita, a farsa vira verdade e o mentiroso “Mandraque” se transforma em guru e messias em um ambiente cheio de mentes limitadas e iludidas por uma falsa lógica superficial e mentirosa.