Raro são aqueles que fazem pelos outros. Esperamos isso como um comportamento ético. Seria o padrão tão desejado das pessoas que têm funções com responsabilidade sobre a vida de outros seres humanos. Pensar no próximo mais que em si mesmo. Mas, isto é raro.
Em funções públicos é o que se espera, ter um comportamento elevado. Ter um compromisso com o bem-estar público. Saber representar as pessoas que o elegeram e que fazem parte do segmento do qual se é um líder orgânico. Há uma racionalidade nas funções e se espera que ela seja cumprida.
Max Weber, o maior teórico do Século XX expressava a preocupação com a política. O que pode se esperar do político. Para ele, há o líder orgânico, que tem vocação. Vem de um histórico que demonstra sua capacidade de expressar o setor social do qual emergiu. Ele é por sua natureza um líder.
Contudo, há, segundo Weber, os que se fazem na política. O político profissional é remunerado pela sua função. Deve ter nesta remuneração o bastante para que não depende de ninguém ou de nenhuma empresa que o possa induzir a um comportamento que não seja o esperado de sua representação. Porém, ao ser remunerado se coloca a questão: “Pode se fazer uma patrimônio pessoal na vida pública?” Hoje isto é um grande dilema.
Aqui a ética responde a questão. O comportamento comprometido com a função eleva o homem público a se preocupar com o que a sua representação exige. Porém, para se ter ética há que se ter critérios na escolha daquele que nos representa. Por isso, o bom governante se sustenta nos critérios do eleitor.