Quantos amigos e quantos candidatos.
Nunca fui tão cumprimentado na minha vida. Na rua há sempre um candidato disposto a conquistar seu voto. Sorriso aberto, alguns são bem recebidos e outros ignorados. Logo, o clima da campanha eleitoral está nas esquinas, bandeiras, adesivos, não tem como deixar de se envolver.
O número de candidatos a vereador é significativo, claro que uso como referência as pessoas que conheço. Quantos destes estão se candidatando, estão a busca de um espaço na política. A grande maioria ingressando na aventura eleitoral pela primeira vez.
Bom, dos que conheço, os mais próximos, sempre consideram que ter um “amigo” é ter um voto. Logo, fiquei pensando, quantos se candidatam na confiança da amizade, do bom relacionamento, do grande número de pessoas que conhece. Afinal, acredita na lógica, se tenho muitos conhecidos, se tenho amigos, terei votos.
Quando a amizade não vira voto.
Porém, no final, a urna mostra que amizade não gera eleição. A lógica não é eficiente. Ser popular não gera a confiança de votar. Acredito que, amigo é uma coisa e candidato é outra. Ser íntimo, fazer parte da roda dos conhecidos, não aprova a escolha para ser um representante público.
Qual seria o motivo? Bom, talvez seja porque não consideramos todas as pessoas com quem convivemos capazes para aquilo que elas se propõem a fazer. Porque o sentimento de amizade ou de proximidade não é condição o suficiente para escolhermos esta mesma pessoa para todas as coisas a qual ela se propõe.
Grande parte destes candidatos, ao final da eleição, irá colher poucos votos e também a decepção. Ser conhecido, te “amigos”, não significa ser eleito. Aí, é voltar para o lugar onde estava, tentar daqui quatro anos, ou compreender que a política e influência tem outro significado e não aquele que empolgou tanto a candidatura.