Tudo o que nos rodeia como produtos ou serviços tem uma cadeia de relações que geram a sua existência. O que quero dizer que nada surge por acaso. O custo de manutenção da nossa vida obedecer a uma cadeia de relações que ficam invisíveis quando buscamos superar nossas necessidades.
Nem sempre percebemos a cadeia de relações que existem por de trás da nossa vida.
Um exemplo disso é o que está acontecendo nas estradas que ligam a capital Curitiba ao litoral do Estado, a BR 277. Os bloqueios da rodovia derivados de desmoronamentos, rachaduras e quedas de barreiras gera um prejuízo diário a vários setores e impacta no custo de nossa vida.
Segundo o levantamento do Departamento de Agricultura Rural (Deral), ligado a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, mais de 16 milhões de toneladas de soja são deslocados por rodovias para o escoamento.
Os produtores agrícolas do Paraná devem buscar rotas alternativas para a exportação, logo, muito da produção agrícola do Estado deve ser deslocada para o Porto de Santos, aumentando o custo do transporte em 60%. Alguém vai pagar esta conta. A afirmação é do presidente do Sistema FAEP/AGEPAR, Ágide Meneguette.
Mas aqui o exemplo é só da soja, há inúmeros produtos de exportação e importação que são fundamentais para a economia paranaense e que necessitam de uma logística eficiente. Lembrando que o problema de manutenção das rodovias se arrasta desde o fim do pedágio no final de 2021.
Com as fortes chuvas a condição das rodovias tem piorado. E a condição de manutenção da BR 277 é precária. No final do ano passado, o governo federal não tinha recurso para fazer as obras de desbloqueio do trecho que foi atingido por deslizamento, A execução acabou sendo feita parcialmente pelo Governo do Paraná.
Por isso, sempre é bom ficarmos atentos a cadeia de dependência que as atividades econômicas e sociais têm para se realizarem e o quanto há uma relação direta entre diversos fenômenos da nossa vida. Logo, quando pensamos que determinados fatos não nos interessam, ou nada tem a ver conosco, as coisas não são bem assim. Bom ficar mais atento.