Vivemos um momento delicado. O que mais precisamos é de uma liderança coerente. Aquela que nos conduza de forma coerente, sem imposição, mas esclarecendo e nos informando, mantendo uma perspectiva positiva e ao mesmo tempo tomando as atitudes necessárias, por mais que dolorosas.
O líder dá o exemplo, demonstra com seus atos a preocupação com os liderados e age na perspectiva de diálogo. Toma a decisão pensando mais nos outros do que em si mesmo. Rompe com a pessoalidade e age com a racionalidade lógica necessária para cada momento.
Quanto mais alto o cargo de liderança mais se exige do líder um comportamento coerente a função. Ele deve ser a altura do comando. Suas opiniões, expressões, maneira de condução, tem um valor singular, se agir de maneira incoerente, pode induzir a ações desnecessárias e prejudicar o andamento de uma solução.
A liderança expressa em seu comportamento a preocupação de inclusão e não da exclusão. Sabe dividir responsabilidades e delegar, contudo, é coerente o suficiente para acompanhar os liderados que tem comando sobre sua supervisão e controle. Não teme a decisão tomada, mas é cauteloso nas ações que toma.
Tudo isso que descrevi acima é exatamente o que não temos, um líder. Vivemos um momento de crise sem orientação. Navegamos de forma desordenada e com dores necessárias e desnecessárias sem a dimensão exata do custo de cada perda. Estamos assistindo a vidas perdidas que nos custam caro e as perdemos em vão? Não podemos permitir isso.
A perda de vidas nos custa muito caro para não termos uma liderança que nos leva a algum lugar melhor. É irônico, mas a falta de liderança nos condena a mais perdas e nos coloca em uma crise ainda maior. Aumentamos o problema que da pandemia, que não é pequeno, e podemos sair da crise menores do que entramos em todos os sentidos.