Não sei quem vai ganhar esta eleição. Os dois candidatos estão praticamente empatados. A campanha eleitoral demonstra extremos. Promessas, e ofensas para seduzir o eleitor ou demonizar o adversário.
Na busca pelo voto tudo se justificativa. O que se deseja é a aceitação momentânea do eleitor. O compromisso é agora, na hora de conseguir ser daquele que escolhe a opção. Sedução pura e direta, sem compromisso e jurando se comprometer.
Não por acaso os dois candidatos são a demonstração clara da simplificação de problemas complexos. Um resumo medíocre de questões que merecem respeito e serem entendidas com um aprofundamento na abordagem. Porém, quem tem tempo para isso e que deseja tamanho conhecimento.
A lógica simples e rasa tomou conta desta campanha e se está disposto a tudo. A palavra é conquistar e não ser coerente.
Isto me lembra a diferença entre a sedução e comprometimento. Tanto o que está seduzindo como o que se deixa seduzir travam um diálogo sem a busca de garantias diante das promessas. Aquele que jura e se entrega, declara o que raramente se houve e por isso conquista, já que se ouvíssemos todo o dia não daríamos valor, tem um pacto de não ser coerente.
Por isso, seja em uma campanha eleitoral ou nos nossos relacionamentos amorosos, cheios de boas e más intenções, a sedução é momento de êxtase e não tem compromisso com a realidade. Se encanta pelo sonho e desta forma se consolida uma escolha pela ilusão.