Você já reparou como estamos sempre nos defendendo ou agredindo na comunicação? Quando conversamos queremos impor nossa visão sobre o tema da conversa e muito pouco chegar em consenso com quem estamos conversando.
Em grande parte, ficamos prevendo o que o outro vai dizer e nos preparando para nos defender. Em muitos casos omitimos informações ou acrescentemos distorções para afirmar nossas teses, nem sempre sustentáveis.
No fundo, o grande problema da comunicação é que não importa um diálogo para conhecer a opinião, visão, ou superar conflitos. O que realmente se quer é sair com a razão ou ocultar culpa.
Quanto mais cultuamos esta forma de conduzir nossas discussões, estamos estimulando o crescimento de frustração. Pense, quantas pessoas saem de uma conversa sem terem esclarecido dúvidas ou tendo suas posições, interesses e condições respeitadas. Isso é justo? É ético?
Não por caso no ambiente familiar, no trabalho em todos os lugares que nos relacionamos com outras pessoas constantemente, estamos construindo uma guerra silenciosa. Esta guerra é como um rio represado, vai se acumulando lenta e constantemente. A barragem que o segura pode romper. E as consequências são desastrosas.
Se queremos manter ambientes éticos e promover a superação dos problemas de maneira coerente e com respeito a todos os envolvidos, precisamos mudar nossa forma de nos comunicar. Sem agredir e ou defender.