O crescimentos populacional urbano é uma tendência mundial. As cidades com mais de 150 mil habitantes tendem a concentrar a maior parte da população. Por que isto ocorre? Há uma relação direta com o desenvolvimento de uma economia tecnológica e de integração em cadeia mundial com a concentração nas grandes cidades.
O aprimoramento técnico da produção, na agricultura em especial, deslocou nas últimas décadas um grande número de pessoas para as cidades. Grande parte sem qualificação profissional para se adaptar às relações que a produção da vida urbana demandava. Não por acaso, o crescimento das periferias urbanas é uma realidade.
No Paraná a tendência urbana é a mesma. As cinco principais cidades do Estado acumulam uma parcela significativa da população e ao mesmo tempo a riqueza. Curitiba, a capital, deve atingir dois milhões de habitantes até 2023. Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel estão em processo de crescimento e captando população de seus entorno.
Maringá, inclusive, com um crescimento maior proporcionalmente que Londrina. E as duas tem um perfil muito próximo e praticamente instaladas na mesma região. Cascavel por sua vez vai se tornando a principal cidade da região oeste e garantindo o centro econômico de uma ampla área marcada pela produção agrícola onde ela é centro fundamental de decisão. Mesmo com a proximidade com Foz do Iguaçu que tem outro perfil.
Voltando a falar de Curitiba, há um grande número de cidades agregadas a região metropolitana da capital. E aqui, é importante falar de Ponta Grossa, próxima a capital, distância de 100 quilômetros, e recebendo demandas do setor industrial e ligada a sede do Estado em uma relação em grande parte harmônica no desdobramento da atividade industrial, perfil da cidade que sedia os Campos Gerais.
Vale ressaltar que dos 399 municípios do Estado, parte considerável deles estão estagnados e há uma tendência de decréscimo das regiões que estão ligadas diretamente a zona rural. Muitos dos municípios paranaenses foram formados como uma emancipação política para atender a interesses de comandos locais de poder. Agora, eles agonizam.
Em pouco tempo, o que já aconteceu nas décadas de 1980 e 1990, o surgimento de “cidades fantasmas”, deve ser uma tendência. Salvar estes micromunicípios é um desafio. Gerar alguma atividade econômica que gere resultado e permite a formação de uma produção atrativa e relevante será a única alternativa para mantê-los vivos.