Em um ambiente de crise surge a incerteza de não saber o que fazer. O que optar como saída. Tem horas em que nem alguma saída conseguimos enxergar. Diante disso, o que fazer? A resposta é simples, “você” é a saída. Por mais que pareça senso comum ou paradoxo, a solução é saber a dimensão de seu potencial para superar uma determinada situação.
E a avaliação desta condição não é tão simples. Se o ministro da Economia, Paulo Guedes, considera que um dos pontos fundamentais da incentivo a economia e desonerar os impostos para poder acelerar investimentos e deixar mais “leve” o custo de produção, a vida dos brasileiros deve seguir o mesmo rumo, de certa forma.
Diante da crise temos que gerar potencial produtivo e não de endividamento. Uma solução rápida nunca é a saída adequada. A principal ação a ser feita em tempos de crise e ganhar potencial de produção. Elevar sua renda com uma qualificação sólida. Isto pode levar um a 4 anos, mas é a saída mais adequada. Tolos os que pensam e compram milagres. Eles não existem. Quando oferecidos, são armadilhas.
A qualificação pessoal requer saber o que você quer fazer associado ao que pode fazer. Pensar nas possibilidades mais próximas a sua realidade e não perder de vista que aquilo que gosta de fazer conta. Podemos até optar por um trabalho temporário que não gostamos, mas por pouco tempo se tolera. Caso contrário vira uma negação e desestímulo. Ter um momento de passagem antes da realização faz parte da vida de todos nós. O temporário é mais tolerável do que o permanente.
Quando falo em qualificação das pessoas não estou apenas apresentando a ideia de fazer um curso superior, técnico profissionalizante, fazer um treinamento. Mais que isto. Estamos falando do aprendizado que pode vir a ser uma coisa cotidiana. Dentro do próprio ambiente de trabalho podemos ter “dicas” de melhora em nossa conduta. Saber ouvir pode ser um grande aprendizado.
Desprezamos estes momentos de uma educação diária que a vida nos trás e que não sabemos usar muitas vezes. A experiência de um ser humano, a sua maturidade, deve ser sempre buscada, a qualquer momento. Qualificar-se não tem hora nem lugar. Estar disposto a aprender é um estado de “espírito” como muitos dizem. Se você não se dispor a refazer a forma de conduzir a vida ganhando eficiência, ser mais produtivo, dificilmente as coisas vão se resolver.
O país vive este momento, precisa aprender. Já tivemos muitos erros. Quantas vezes a facilidade do crédito nos seduziu. A vontade de ter as coisas sem entender seu real custo. Viver um momento e não pensar naquilo que importa, o futuro que se constrói no presente. O que não significa deixar de viver o que o cotidiano exige. Não é ser enfadonho, mesquinho, controlado ao extremo, é, principalmente, saber onde se quer chegar.