Não sou fã da tese de que todo mundo muda para melhor diante da crise. Que ela é um ambiente de mudança, isto não se pode duvidar. Contudo, a forma como cada um encara esta hora de tensão faz toda a diferença.
Para algumas pessoas há uma revolta infantil e uma transferência de culpa por não poder mais viver o que vivia antes, por ter perdido a condição que a crise levou. Uma busca incessante de transferir a responsabilidade. Isso não ajuda nem a pessoa e, muito menos, quem está a sua volta.
Os que geram esperança no amanhã são os que amadurecem e sabem que os problemas que vivemos precisam de respostas duradouras, permanentes, com ações mais assertivas. Aqueles que de alguma forma se preparam para superar o hoje e acrescentam qualidades para os problemas que podem ocorrer no futuro.
Os adultos se destacam das crianças mimadas e dos irresponsáveis por estes atos. Destes que teremos uma qualidade social onde um “novo normal” trará um ambiente como terreno fértil para a civilidade e oportunidades de talento. Mais do que nunca este é o momento de nos apegarmos a qualificação profissional e pessoal.
Não é o radicalismo extremo que vai se instalar. O abandono de tudo, mas a mudança do que for necessário. Exatamente o que precisamos. O planejamento para fazer alterações pensadas tem que ter a participação do maior número de pessoas possíveis. Fazer da colaboração uma forma de ensinar e aprender. Reconhecer nossos limites, no que somos bons e no que temos que melhorar.
Logo, não há complexidade na estratégia, mesmo que existe uma diversidade e inúmeras variáveis no problema. Nossa postura conta, e muito, para uma solução. O diálogo de forma racional e entendendo a interdependência da vida social devem ser verdades absolutas para que tudo ocorra da maneira melhor, se não para todos, para a maioria dos envolvidos.