Crise não precisa de milagre e sim de inteligência e cooperação
Imagem ilustrativa/Pixabay/domínio público

Opinião

Crise não precisa de milagre e sim de inteligência e cooperação

Por Gilson Aguiar em 13/08/2020 - 08:02

Agora estamos a espera de uma vacina que venha da cabo de um vírus que se mostra mais resistente do que parecia. O novo coronavírus está resistindo e retomando ciclos de contaminação pelo mundo. O que demonstra que somente a vacinação em massa poderá nos afastar de um ambiente de crise. Teremos que aprender a conviver com a doença. 

Nesta corrida pela imunização há vários laboratórios no mundo todo trabalhando. Porém, muitos governantes querem ser os anunciadores da solução final. Os russos já anunciaram a sua vacina e querem imunizar ainda este mês parte de sua população. No Paraná, o governo quer pegar carona na descoberta russa e importar vacinas para iniciar a vacinação. 

A comunidade científica e médica internacional considera que ainda é cedo para falar em solução final. Não há comprovações da eficácia e dos seus efeitos colaterais. Os russos negam os riscos e reafirmam a eficiência. No Brasil, a Anvisa não quer autorizar a importação do produto sem que seja demonstrada sua eficácia. 

Como a desgraça é palanque do oportunismo. Temos que buscar uma solução, isto é fato. Mas não temos que nos precipitar e usar da ansiedade coletiva para destacar os feitos nacionalistas ou personalistas. Trump continua insistindo na cloroquina, por mais que já se tenha comprovação de sua ineficácia. A demagogia ganha da ciência por insistência. Presidentes, governantes, assumem retóricas desafiadoras da realidade e mesmo as negam.

A solução necessária virá com a colaboração internacional. Não há dúvida. Da mesma forma que o vírus rompeu fronteiras e demonstração a relação de dependência que existe entre todos nós, será de todos a busca por uma solução também. Na proporção que cabe e compete a cada um. Por isso, não podemos eleger heróis, nem salvadores, temos que construção a solução com nossas ações e não ficarmos à espe

 

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