Cultura é o que se faz e não o que se deveria fazer
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Opinião

Cultura é o que se faz e não o que se deveria fazer

Por Gilson Aguiar em 19/03/2024 - 08:00

Ilusão e devaneios no quadro na parede.

Na parede as frases que resumem o que se deseja, mas o que na prática não sustenta. Quanta diferença entre o que aparenta daquilo que se é.

O ambiente pode ser majestoso, os discursos proferidos pelos líderes são retóricas vazias para quem convive dia a dia no trabalho.

Em eventos corporativos ou a apresentar a empresa nos meios de comunicação os representantes da empresa exaltam o respeito ao gênero, a cor ou religião, porém, na prática, não acontece. Isso é estética, isso não é ética.

A prática não é incomum e é nociva. Não tem o que destrói com mais facilidade a confiança em uma empresa ou em pessoas doque promessas não cumpridas ou verdades que nunca são ditas.

Então, o que realmente ocorre?

As empresas querem ser vistas como instituições de valor e desejam ter o glamour de premiações e respeito em uma comunidade ou setor empresarial, ser referência sem o compromisso que isso custa.

A manipulação de resultados em pesquisas de selos demonstra o que a empresa busca, aparência e não essência. O compromisso com a ética, com o bom-comportamento, com o respeito aos seres humanos e a busca de não os prejudicar ou agredi-los não existe.

Levamos e naturalizamos nossos vícios agressivos dentro do ambiente corporativo. E isso impacta na produtividade. Os comportamentos que são adotados se originam da prática nociva e não de uma educação e orientação efetiva para o respeito a convivência.

E sabe o que está no centro deste estímulo ao mal comportamento?

O líder, a chefia, o responsável, aquele que está à frente das pessoas. Também, claro, outros que tem influência sobre os demais. Contudo, quando o assunto é saber o que deve se fazer, observar quem está no comando é uma forte opção.

Desta forma, o comportamento deve mudar e ser orientado de cima, pelos líderes, pelos cargos de comando da empresa. São estes que devem pensar e repensar suas atitudes dentro do ambiente corporativo.

O primeiro passo, sem dúvida, para que um líder seja ético, é admitir e repensar seus vícios perniciosos, seus valores preconceituosos e suas ações agressivas. Admitir que se tem e que não condizem com a função.

Assim se começa uma mudança em uma empresa.

 

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